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Cancro do colo do útero

 

Definição do cancro do colo do útero

É o cancro que se forma no colo do útero. Nessa parte, há células que  se podem  modificar produzindo um cancro. Em geral, é um cancro de crescimento lento, e pode não ter sintomas.

 

O que é o colo do útero?

O colo é a parte inferior do útero que o liga à vagina. O colo produz um muco que durante uma relação sexual ajuda o esperma a mover-se da vagina para o útero.  Na menstruação o sangue flui do útero através do colo até a vagina, de onde sai do corpo. No período de gravidez o colo fica completamente fechado. Durante o parto o colo abre e o bebé passa através dele até a vagina.

 

O que se sente quando se tem o cancro de colo do útero?

O quadro clínico de pacientes portadoras de cancro de colo do útero pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no exame ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação sexual, sangramento vaginal intermitente (sangra de vez em quando), secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados da doença.

 

Como tratar o cancro de colo de útero?

O tratamento das pacientes portadoras desse cancro baseia-se na cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O tratamento a ser realizado depende das condições clínicas da paciente, do tipo de tumor e de sua extensão. Quando o tumor é inicial, os resultados da cirurgia radical e da radioterapia são equivalentes.

O tratamento cirúrgico consiste na retirada do útero, porção superior da vagina e linfonodos pélvicos. Os ovários podem ser preservados nas pacientes jovens, dependendo do desenvolvimento  do tumor, quanto mais avançado, mais extensa é a cirurgia.

O tratamentocom radioterapia  pode ser efetuado como tratamento exclusivo, pode ser feito associado à cirurgia (precedendo-a),ou quando a cirurgia é contra-indicada.


CIANOSE

 

O que é?

É uma coloração azulada da pele ou das mucosas.

 

Como se desenvolve?

A cianose central acontece quando o sangue que vem dos pulmões para a periferia do corpo já chega com pouco oxigénio, o que ocorre em algumas doenças do pulmão ou do coração. A cianose periférica geralmente é provocada quando o coração não tem a capacidade de enviar uma quantidade adequada de sangue para a periferia ou é causada por uma lentificação local da circulação.

Ela aparece quando a circulação do sangue nas veias periféricas, por exemplo, nas veias das mãos ou do rosto, se torna muito lenta. O oxigénio que o sangue contém é transferido para as células e o sangue torna-se pobre em oxigénio, azulado e com isso,  onde a pele for mais delgada, nas mucosas ou nos lábios, por exemplo - aparece uma cor azulada.

A cianose periférica em 50% dos casos desaparece colocando a parte cianótica em água morna.

A diferencial é a cianose que aparece em alguma parte do corpo, ou só nas pernas, ou só nos braços e geralmente é indicativa de doença congénita do coração.

 

 

CANCRO E CORAÇÃO

Qualquer tumor pode atingir  as estruturas do coração. Os mais frequentes são o cancro do pulmão, da mamas, leucemia e linfomas. Nas autópsias encontram-se desde 1 até 20% de comprometimento do coração pelo cancro. 

Os sinais e sintomas produzidos por tumores metastáticos no coração são semelhantes aos dos tumores benignos, mas essas manifestações muitas vezes não são registradas, tanto pelo paciente como pelo médico.

Existe ainda uma tendência  para aumentar nos portadores de cancro, principalmente os tumores originados no sistema digestivo, para a instalação não bacteriana.  Uma outra maneira do cancro comprometer o coração são as consequências do tratamento.

A radioterapia pode comprometer as coronárias por promover a arteriosclerose. Pode também causar lesoões no músculo cardíaco, provocando a miocardite. Ao atingir o pericárdio pode provocar pericardite. A radiação atinge tanto as células cancerisnas como as não cancerisnas.

A quimioterapia pode ter consequências que  costumam manifestar-se no coração tarde, quando a doença básica está curada ou em estágio tem palpitações prolongadas. 

 

 

CANCRO DO PULMÃO

 

O que é?

O cancro do pulmão é o mais comum dos tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial. A mortalidade por esse tumor é muito elevada e o prognóstico dessa doença está relacionado à fase em que é diagnosticada.

 

Como se desenvolve?

O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento do cancro de pulmão. Ele é responsável por 90% dos casos desse tumor. Mais homens que mulheres desenvolvem o cancro do pulmão, mas o número de casos em mulheres está a aumentar, enquanto que o número de casos em homens está diminuir. O risco de morte por cancro do pulmão é 22 vezes maior entre os fumadores do que entre os não fumadores.

 

O que se sente?

Existem muitos sintomas de cancro do pulmão. Entretanto, algumas vezes, os sintomas poderão se tornar óbvios apenas quando a doença estiver bem avançada.

Os sinais e sintomas de cancro do pulmão podem incluir:

- tosse persistente ou mudança na tosse usual do fumador;

- encurtamento da respiração;

- escarros com sangue;

- rouquidão;

- dor torácica persistente ou aguda quando o indivíduo respira profundamente;

- pneumonias de repetição.

Às vezes, as pessoas afetadas podem sentir mal-estar ou cansaço. Poderá haver também perda de peso ou apetite. Os sintomas podem ser devido à doença no pulmão, sua disseminação para os gânglios no tórax ou para outros órgãos como o cérebro, fígado, glândulas adrenais (uma de cada lado, logo acima de cada rim) ou ossos.

 

Como se trata?

Os tumores malignos do pulmão podem ser tratados com cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Ou, então, essas modalidades terapêuticas podem ser combinadas.

A radioterapia é frequentemente utilizada em conjunto com a cirurgia. Há vários casos em que, ao invés de se fazer a cirurgia, a radioterapia é combinada com a quimioterapia.

A quimioterapia - tratamento com medicações que combatem os tumores - também é utilizada em conjunto com a cirurgia, seja para tornar os tumores menores, facilitando a cirurgia, seja para ajudar a destruir as células cancerosas no local do tumor.

Uma outra alternativa é a terapia fotodinâmica, em que medicamentos  são injetados no corpo e, posteriormente, são ativadas com o uso do laser.

O médico decidirá o tratamento de acordo com o tipo celular do tumor, seu estágio e com as condições do paciente.

 

CATARATA

 

O que é?

É uma opacidade do cristalino. O cristalino é a lente que temos dentro do olho. Quando ela fica baça, causa diminuição da visão, e não melhora mesmo com o uso de óculos.

 

Como se desenvolve?

A catarata pode ser congênita (rara) ou adquirida, que é a forma mais frequente.

As cataratas congnitas são aquelas que aparecem nas crianças e podem ser hereditárias (em até 20%) ou por infecções ou ainda por desordens metabólicas (diabetes).

As cataratas adquiridas podem ter como causa: a idade (é a mais comum é aparece com 60 ou mais anos e é chamada de "catarata senil"); o trauma; o uso de determinados medicamentos, como os que possuem corticóides, as inflamações intra-oculares, as radiações e diversas doenças das quais a diabetes é a mais frequente.

 

Como se trata?

O tratamento da catarata quando a visão não melhora de modo satisfatório com a correção dos óculos é sempre cirúrgico. Essa cirurgia é chamada de "facectomia" e sempre que possível é feito o implante de uma lente que visa corrigir o grau necessário para uma visão normal para longe.

Atualmente a cirurgia da catarata por facoemulsificação permite que o procedimento seja realizado por pequenas incisões. Esta técnica oferece maior segurança e mais rápida recuperação para o paciente. 

Exames pré-operatórios vão determinar o grau da lente a ser implantada bem como a melhor técnica a ser escolhida para essa cirurgia. Na criança, quanto mais cedo for feito o tratamento maior será a chance de recuperação da visão e quando a catarata é somente em um dos olhos deve ser feito um rigoroso tratamento para estimular a visão desse olho.

 

 

CÓLERA

O que é?

É uma diarréia aguda causada por uma bactéria denominada vibrião colérico, que se multiplica rapidamente no lúmen intestinal. Embora esta bactéria não seja invasiva tem a propriedade de produzir uma toxina que atua sobre o intestino provocando aumento descontrolado da secreção de cloro, sódio e água para a luz intestinal. Isto acarretando diarréia de tal intensidade que se torna a mortal.

Como se transmite?

A cólera transmite-se por ingestão de água e ou alimentos contaminados por fezes ou vómitos de doentes ou portadores assintomáticos que eliminem grandes quantidades de vibrião colérico. O homem é o único animal atingido pela doença e também é o principal reservatório desta bactéria, embora alguns frutos do mar possam ser contaminados.

O que se sente?

A infecção assintomática é mais comum do a infecção acompanhada de sintomas. As queixas decorrem das perdas de líquidos e de sais minerais. Após um período de incubação de um a cinco dias inicia abruptamente uma diarréia aquosa, descrita como semelhante à água de arroz. As perdas de líquidos podem alcançar vinte litros por dia. As perdas sem reposição de água e eletrólitos (sais minerais) acabam se complicando com vómitos, cólicas e diminuição acentuada do volume circulante que determina aumento da frequência cardíaca, choque e insuficiência renal.

Como se previne?

A vacina contra a cólera só é indicada em casos muito especiais, tem uma eficácia de cerca de 50% e uma duração protetora não superior a seis meses. A ingestão de água tratada é a recomendação para que nao se torne uma epidemia.

 

 

 

 

 

 


DIABETES MELLITUS ( DM )

 

 que é ?

Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crónicas características.

 O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves consequências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. Nos dias atuais é um  problema de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a doença.

 

O que se sente ?

Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crónicas que se desenvolvem a longo prazo.

Os sintomas do aumento da glicemia são:

-sede excessiva;
-aumento do volume da urina;
-aumento do número de micções;
-surgimento do hábito de urinar à noite;
-fadiga, fraqueza, tonturas;
-visão turva;
-aumento de apetite;
-perda de peso.

 

 

 

DISLEXIA

O que é?

É uma dificuldade primária da aprendizagem abrangendo: leitura, escrita e soletração ou uma combinação de duas ou três destas dificuldades. Caracteriza-se por alterações quantitativas e qualitativas, total ou parcialmente irreversíveis . É o distúrbio (ou transtorno) da aprendizagem  mais frequentemente identificado na sala de aula. Está relacionado, diretamente, à reprovação escolar, sendo causa de 15 % das reprovações. 

O que se sente?

Sinais indicadores de dislexia:

A dificuldade de ler, escrever e soletrar mostra-se por dificuldades diferentes em cada faixa etária e acadêmica.

Tratamento após o diagnóstico de Dislexia.

Uma vez diagnosticada a dislexia, segundo as particularidades de cada caso, o encaminhamento orientado permite abordagem mais eficaz e mais proveitosa, pois o profissional que assumir o caso não precisará de um tempo para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes.

Tendo conhecimento das causas das dificuldades, do potencial e a individualidade do paciente, o profissional pode utilizar a linha terapêutica que achar mais conveniente para o caso particular. Os resultados devem surgir de forma progressiva.

Em oposição à opinião de muitos  pode-se  afirmar que o disléxico sempre contorna suas dificuldades e acha seu caminho. O disléxico também tem sua própria lógica e responde bem a situações que estejam associadas a vivências concretas.

A harmonia entre o profissional coordenador e o paciente e sua família podem ser decisivos nos resultados. O mecanismo de programação por etapas, somente passando para a seguinte quando a anterior foi devidamente absorvida, retornando às etapas anteriores sempre que necessário, deve ser bem entendido pelo paciente e familiares.


 

 

 

DEPRESSÃO 

   

O que é a depressão?

Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também frequente.


Como se desenvolve a depressão?

Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador.

As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como: 
- Stress
- Estilo de vida
- Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, crise da meia-idade, entre outros.

 

Como se trata a depressão?

A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O tratamento médico torna-se  necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de cada paciente. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo sobre as atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterapeutico

Pode haver também casos de depressões mais graves, com maior prejuízo sobre o dia-a-dia do indivíduo, podendo ocorrer também sintomas psicóticos (como delírios e alucinações) e ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento medicamentoso  faz-se  obrigatório, além do acompanhamento psicoterapeutico.

Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, medicações que não causam “dependência”, são bem toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em alguns casos torna-se  necessário associar outras medicações, que podem variar de acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).




Demência

O que é?

 

São todas as doenças que provocam alteração da memória de curta ou longa duração associada a alteração da função cortical a qual chamamos raciocínio. A memória de curta duração é responsável pelo que o indivíduo realizou nos últimos dias e nas últimas horas. Já a memória de longa duração é a responsável pelo aprendizado, lembranças da infância e de anos passados. O raciocínio ou funções corticais superiores são as capacidades do indivíduo de calcular, escrever, orientar-se e principalmente a capacidade de integrar todos esses conhecimentos.

 

Quando o indivíduo não reconhece alguém ou algum lugar ou há quanto tempo ocorreu determinado fato, isso significa que ele está com alteração de memória e, portanto, com um dos indicadores para quadro demencial. A inadequação a diferentes fatos, como perda de iniciativa e comportamento inadequado, é decorrente de doença do lobo frontal.

 

Alteração pequena de memória recente em indivíduos com mais de 65 anos de idade é considerada normal. Perda de memória geralmente ocorre na demência, mas a perda de memória, sozinha, não significa que o indivíduo tem demência. A demência indica problemas com pelo menos duas funções cerebrais, tal como a perda de memória associada com uma piora no julgamento ou linguagem. A demência torna o paciente confuso podendo não lembrar de nomes e pessoas, podendo ocorrer também alterações de personalidade e comportamento social.

O que se sente?

Inicialmente a pessoa queixa-se de falta de memória recente, depois aparecem as alterações da memória tardia, memória de tempo e memória espacial. Por fim há uma alteração de comportamento, com atitudes bizarras e imprevisíveis.

Como se trata e como se previne?

Para as doenças infecciosas, a prevenção é a vacinação sempre que possível, como nas meningites bacterianas. Evitar transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis e SIDA, com o uso de métodos de barreira - preservativo - nas relações sexuais.

Nos diabéticos e pessoas com problema de colesterol o tratamento com restrição alimentar e remédios é o mais indicado.

 

 Nas demências consideradas degenerativas, como Alzheimer,  têm sido feitos estudos na tentativa de identificar um vírus ou alteração metabólica que leve ao quadro demencial. Nos tumores cerebrais não há nenhuma forma de tratamento preventivo, mas somente curativo como cirurgia para ressecção dos mesmos.



Daniela Xavier e Jessica Monteiro