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Gastrite

O que é?

O estômago é um tipo de bolsa que recebe o que ingerimos.   Internamente, é forrada por mucosa, uma camada rosada parecida com a que temos   em nossa boca.

Gastrite é a inflamação da mucosa do estômago e, muitas vezes,   tem diferente significado para os leigos e para os médicos.

O público, freqüentemente, usa o termo gastrite como queixa, representando vários desconfortos relacionados com o aparelho digestivo.

O médico, após examinar o paciente e fazer os exames necessários, conclui que existe gastrite, inclusive, muitas vezes sem sintomas e outras vezes em  que não existe significado clínico destacável.

As gastrites podem ser agudas ou crônicas.

 

Como se desenvolve?

Gastrite aguda

Gastrites agudas permitem uma abordagem mais simplificada, por serem de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um agente causador.

Medicamentos, infecções e estresse físico ou psíquico podem levar à uma gastrite aguda.

- Ácido acetil-salicílico (aspirina, AAS), anti-inflamatórios não esteróides, corticóides, bebidas alcoólicas e a ingestão acidental ou suicida de certas substâncias corrosivas são exemplos de agentes agressores.

- Alimentos contaminados por germes, como bactérias, vírus, ou por suas toxinas são causa frequênte de inflamação aguda do estômago, como parte de uma infecção, genericamente conhecida como gastroenterite aguda.

- Situação bastante conhecida é a hemorragia digestiva superior aguda, com vômitos e evacuações com sangue

- hemorragia digestiva pode ocorrer como complicação de situações graves como o estresse pela longa permanência dos doentes em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), em períodos pós-operatórios, em pacientes com queimaduras em extensas áreas do corpo, em politraumatizados ou em pacientes com infecção generalizada (chamada de septicemia).

 

Gastrite crônica

Em relação à gastrite crônica, também, existe muita confusão, principalmente no que se refere aos sintomas e à relação com os agentes causadores

- Sabe-se que a bactéria Helicobacter pylori pode determinar uma gastrite crônica.

- Na gastrite crônica atrófica, situação em que diminuem muito as células da mucosa do estômago, existe considerável redução na produção do ácido gástrico, que é importante para a "esterilização" do que ingerimos e para a digestão dos alimentos.

- Por vezes, a bile que o fígado descarrega na porção inicial do intestino delgado (chamado de duodeno), reflui para o estômago, causando inflamação crônica.

Estes fatores, atuando isoladamente ou em conjunto, podem determinar gastrite crônica.

 

O que se sente?

A maioria dos casos crônicos não apresenta sintomas.

 

Já na gastrite aguda, quando existem queixas, são muito variadas: 

- dor em queimação no abdômen

- azia

- perda do apetite

- náuseas e vômitos

- sangramento digestivo, nos casos complicados, demonstrado pela evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).

 

Por deficiência de absorção de Vitamina B12 e ácido fólico, pode ocorrer anemia manifestada por: 

- fraqueza

- ardência da língua (glossite)

- irritação dos cantos dos lábios (comissurite)

- diarréia

- mais raramente, alterações neurológicas envolvendo memória, orientação e coerência, quadro clínico relacionado à gastrite atrófica.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

Na gastrite aguda, baseando-se na história clínica, sendo em geral desnecessário exames.

Na suspeita de complicações, como a hemorragia, a endoscopia digestiva alta é o exame indicado. A endoscopia é um exame que permite enxergar diretamente a mucosa, mostrando alterações sugestivas de algum tipo de gastrite.

Entretanto, 40% dos casos de gastrite crônica nada mostram.

Por isso, considera-se que o diagnóstico das gastrites crônicas é, fundamentalmente, histológico, ou seja, pelo exame microscópico de fragmentos da mucosa colhidos por pinça de biópsia que passa através do próprio endoscópio.

 

Qual é o tratamento?

O tratamento está relacionado ao agente causador. 

- Nos casos de gastrite aguda associada ao uso de medicações antiinflamatórias, sua suspensão e/ou substituição, associada ao uso de medicamentos que neutralizem, que inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago, é o tratamento básico.

- A endoscopia, mais utilizada nos casos de gastrite aguda acompanhada de sangramento, além de poder fazer o diagnóstico, pode interromper a hemorragia aplicando variados tratamentos locais.

- Não há consenso sobre a vantagem de tratar a bactéria Helicobacter pylori quando há gastrite sem úlcera, pois não tem sido observada uma melhora significativa dos sintomas digestivos.

 

Como se previne?

- Evitar o uso de medicações irritativas como os antiinflamatórios e a aspirina.

- Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e do fumo.

- Existem controvérsias quanto ao hábito da ingestão de café e chá preto influir nas gastrites, por isso o seu consumo deverá depender da tolerância individual.

- A melhoria das condições sanitárias, do tratamento da água de consumo doméstico, da higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar alimentos), dos cuidados no preparo e na conservação dos alimentos, faz decrescer significativamente as vítimas das toxinfecções alimentares (gastroenterites).

 

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Gastrite e úlcera são parecidos?

Todo mundo que tem gastrite sente alguma coisa?

Existem alimentos que pioram a gastrite? E as comidas ácidas ou temperadas?

É preciso fazer tratamento para todos tipos de gastrite?

Existe perigo da gastrite evoluir para algo mais grave?

 

  


GIARDÍASE

O que é?

Infecção intestinal causada por um protozoário (ser unicelular) flagelado limitada ao intestino delgado e ao trato biliar. Este parasita apresenta-se sob as formas de trofozoítos que são as formas ativas vivendo e se reproduzindo no hospedeiro e as formas de cistos que são as formas infectantes e de resistência do parasita. Os cistos ingeridos, em sua passada pelo meio ácido do estômago, são ativados e se transformam em trofozoitos.

 

Como se adquire?

A giardia é encontrada no mundo inteiro. Nos países em desenvolvimento e particularmente nos tropicais pode atingir 50% da população. A transmissão é oral - anal e nesta situação tem como população de risco as pessoas pobres com más condições de higiene, crianças pequenas e adultos que não tomam precauções higiênicas nas relações sexuais principalmente em sexo anal. A maioria das epidemias comunitárias se dá por contaminação do suprimento de água. A contaminação direta se faz por transferência dos cistos através de mãos sujas de fezes para a boca e indiretamente pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Animais contaminados como cães, gatos e gado. Os cistos contaminantes podem permanecer viáveis no meio ambiente por meses.

 

O que se sente?

O período desde a ingestão dos cistos até o surgimento da doença varia de 1 a 4 semanas. A maioria das infecções tanto em adultos como em crianças é assintomática caracterizando-se apenas pela eliminaçao do microrganismo. A infecção sintomática pode grassar com amplo espectro de manifestações clínicas desde diarréia aguda com fezes aquosas e dor abdominal até diarréia crônica conseqüente à má absorção o que acarreta esteatorréia (fezes com excesso de gordura com mau odor e que aderem às paredes da louça sanitária) propiciando o surgimento de deficiência das vitaminas lipossolúveis e até mesmo déficit de crescimento. Os sintomas diarreicos são devidos a toxinas produzidas pela Giardia e a reação é atribuída à multiplicação dos parasitas

 

Como se faz o diagnóstico?

As maneiras de confirmação diagnóstica vão desde a identificação de cistos ou trofozoítos na microscopia das fezes até a pesquisa de antígenos de Giardia nas fezes ou no aspirado do conteúdo duodenal. Em casos muito especiais recorre-se até à biópsia duodenal. Na pesquisa de parasitas nas fezes o aumento de uma amostra de fezes para três amostras colhidas em dias alternados aumenta a chance diagnóstica de 50% para 90%. Pacientes com deficiência imunitária como ausência de imunoglobulina A secretora ou em condição de fibrose cística torna o quadro mais grave.

 

Como se previne?

As medidas de higiene do lavar as mãos às precauções com a higienização dos alimentos principalmente daqueles consumidos crus, a filtração da água, a cloração da água distribuída, a fervura da água não tratada, e o tratamento de pessoas e animais doentes são pontos importantes na prevenção da doença.


 

GRIPE

que é?

É uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza. Ela pode afetar milhões de pessoas a cada ano. É altamente contagiosa e ocorre mais no final do outono, inverno e início da primavera – de abril a setembro no hemisfério sul. Também é responsável por várias ausências ao trabalho e à escola, além de poder levar à pneumonia, hospitalização e morte. As epidemias de gripe normalmente tem seu pico em duas semanas e duram 2 a 3 meses.

Existem três tipos deste vírus: A, B e C. O vírus Influenza A pode infectar humanos e outros animais, enquanto que o Influenza B e C infecta só humanos. O tipo C causa uma gripe muito leve e não causa epidemias.

De uma maneira geral, o vírus influenza ocorre de maneira epidêmica uma vez por ano. Qualquer pessoa pode se gripar. Contudo, as pessoas com alguma doença respiratória crônica, com fraqueza imunológica, imunidade enfraquecida e idosos têm uma tendência a infecções mais graves com possibilidade de complicações fatais.

Os sintomas da gripe são mais graves do que os do resfriado.

O vírus Influenza tem uma "capa" (revestimento) que se modifica constantemente. Isto faz com que o organismo das pessoas tenha dificuldade para se defender das agressões deste microorganismo, ficando também difícil desenvolver vacinas para proteção contra a infecção causada por ele.

Por isso, a gripe é um dos maiores problemas de saúde pública.

 

Como se desenvolve?

Diferentemente do resfriado que, na maioria das vezes, se dissemina pelo contato direto entre as pessoas, o vírus Influenza se dissemina, principalmente, pelo ar. Quando a pessoa gripada espirra, tosse ou fala, gotículas com o vírus ficam dispersas no ar por um tempo suficiente para ser inaladas por outra pessoa.

No revestimento do nariz da pessoa que foi contaminada, ele se reproduz e se dissemina para a garganta e para o restante das vias aéreas, que inclui os pulmões, causando os sintomas da gripe.

Menos freqüentemente, a doença se dissemina pelo toque (mão contaminada com o vírus) do doente na mão de um indivíduo sadio que, ao levar a mão à boca ou ao nariz, se contamina.

Um dia antes da pessoa experimentar os sintomas da doença, ela já pode contagiar outras. Poderá contaminar por até 7 dias após início dos sintomas - crianças até mais que isso.

 

O que se sente?

Gripe não é resfriado. A gripe é uma doença com início súbito e mais grave que o resfriado comum. Ela compromete de maneira significativa o estado geral da pessoa, diferentemente do resfriado que geralmente só compromete o nariz e a garganta. O período de incubação – tempo entre o contágio e o início dos sintomas da doença – é de 1 a 4 dias.

Sintomas:

- febre

- calafrios

- suor excessivo

- tosse seca - pode durar mais de duas semanas

- dores musculares e articulares (dores no corpo) - podem durar de 3 a 5 dias

- fadiga - pode levar mais de duas semanas para desaparecer

- mal-estar

- dor de cabeça

- nariz obstruído

- irritação na garganta

 

Alguns ou todos os sintomas supracitados podem estar presentes.

A doença costuma ceder completamente dentro de uma ou duas semanas. A febre pode durar 3-8 dias.

Nos idosos, a fraqueza causada pela gripe poderá durar várias semanas.

Geralmente, a gripe cursa sem complicações e é autolimitada. No entanto, uma das complicações possíveis é a pneumonia – normalmente, não pelo vírus Influenza, mas por uma bactéria (pneumococo ou estafilococo, geralmente).

Além da pneumonia, outras infecções como sinusite, otite e bronquite (infecção dos brônquios – “canos” que espalham o ar nos pulmões) também são complicações possíveis. As pessoas com mais de 65 anos, de qualquer idade com alguma doença crônica e as crianças muito pequenas tem uma probabilidade maior de desenvolver complicações de uma gripe. Por outro lado, a gripe pode também desencadear uma piora em pessoas asmáticas ou com bronquite crônica e piora da condição de uma pessoa com insuficiência do coração, por exemplo. Existem outras complicações infreqüentes e graves que podem ocorrer.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

O médico faz o diagnóstico através dos sinais e sintomas referidos pelo paciente e com o auxílio do exame físico. Contudo, isto não é fácil já que os sintomas iniciais da doença podem ser similares àqueles causados por outros microorganismos em outras doenças. Por isso, existem exames que podem ser feitos – só são usados em casos de epidemias ou quando o médico julgar importante para o manejo da situação – para confirmar a doença. Estes exames podem ser realizados com a análise da secreção respiratória (um “raspado” da garganta feito com um cotonete ou uma secreção do nariz) nos 4 primeiros dias da enfermidade ou através de exame de sangue. Existem também os chamados testes rápidos (detecção do antígeno viral) que podem confirmar a doença dentro de 24 horas.

Se o médico suspeitar de complicações causadas pelo vírus influenza, também poderá solicitar estes testes complementares.

A radiografia do tórax também auxiliará o médico quando este suspeitar de uma pneumonia como complicação da gripe ou de outro diagnóstico. Contudo, nem sempre será fácil para o médico diferenciar entre uma pneumonia causada pelo próprio vírus da gripe e uma pneumonia bacteriana pós-gripe, apesar dos exames complementares disponíveis.

 

Como se trata?

Caso os sintomas da doença tenham se apresentado a menos de dois dias, o doente poderá discutir com o seu médico a possibilidade de se usar um tratamento anti-viral.

O indivíduo enfermo deverá fazer repouso, evitar o uso de álcool ou fumo, procurar se alimentar bem e tomar bastante líquidos, além de usar medicações para a febre e para a dor e, também, para a melhora dos sintomas do nariz, como a coriza (corrimento do nariz) ou congestão nasal.

Retorno às atividades normais somente após os sintomas terem ido embora.

Para combater e prevenir a gripe pelo vírus influenza do tipo A, a amantadina poderá ser empregada em crianças com mais de 1 ano de idade. A rimantadina é outra opção nestes casos. Entretanto, para tratamento ela só poderá ser usada em adultos. Estes dois medicamentos anti-virais podem ajudar no processo de cura desde que utilizados nas primeiras 48 horas da doença.

Existem novos anti-virais eficazes chamados de inibidores da neuraminidase , que têm a vantagem de, além de combater o vírus A, tratar a doença causada pelo vírus B. Também devem ser iniciados dentro das primeiras 48h da doença para serem eficazes. Podem ser usados por comprimido ou xarope, ou via inalatória.

 

Como se previne?

A melhor maneira de se proteger da gripe é fazer a vacinação anual contra o Influenza antes de iniciar o inverno, época em que ocorrem mais casos. Ela pode ajudar a prevenir os casos de gripe ou, pelo menos, diminuir a gravidade da doença. Sua efetividade entre adultos jovens é de 70-90%. Cai para 30-40% em idosos muito frágeis – isso porque estes têm pouca capacidade de desenvolver anticorpos protetores após a imunização (vacinação). Contudo, mesmo nesses casos, a vacinação conseguiu proteger contra complicações graves da doença como as hospitalizações e as mortes. A proteção da vacina também dependerá da similaridade da cepa viral que foi utilizada na vacina e da que está circulante no ano.

A vacina nos adultos e crianças maiores é aplicada no músculo do ombro e nas crianças menores é aplicada na coxa. Nas crianças menores de 9 anos que estão recebendo a vacina pela primeira vez, deve-se fazer duas doses da vacina com um intervalo de 1 mês. Uma a duas semanas após a vacinação, anticorpos já são produzidos pelo organismo e a proteção inicia.

Normalmente, a vacinação é bem tolerada. Os efeitos indesejáveis mais freqüentes são a dor e vermelhidão no local da injeção. Em menos de 5% dos vacinados, febre baixa, dor de cabeça ou dor no corpo podem ocorrer 8-24h após a vacinação. Outros efeitos adversos são muito raros.

Devemos salientar que a vacinação não causa a doença, uma vez que é composta por vírus mortos. Atualmente, se estuda o uso de uma vacina para aplicação dentro do nariz. Conforme determinação do Ministério da Saúde:

VACINAR

- todas as pessoas com 60 anos ou mais

- pessoas adultas (mesmo grávidas ou amamentando) ou com mais de 6 meses de idade portadoras de doenças crônicas do coração, pulmões ou rins

- desabrigados, co-habitantes de pessoas de alto risco (incluindo crianças a partir dos 6 meses), diabéticos e pessoas com doenças da hemoglobina (do sangue)

- pessoas imunocomprometidas: com câncer, infecção pelo HIV, transplantados de órgãos ou que receberam corticóides, quimioterapia ou radioterapia

- residentes de clínicas, indivíduos com internações prolongadas, trabalhadores da área da saúde e moradores de asilo

- familiares e pessoas que lidam com indivíduos com alto risco de ficarem doentes

- gestantes no segundo ou terceiro trimestre durante época do ano em que a gripe é freqüente ou grávidas que tenham alguma condição médica que represente um maior risco de complicação após uma gripe

- crianças entre 6 meses e 18 anos que fazem uso de ácido acetilsalicílico a longo prazo (têm uma chance de apresentar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye após uma gripe)

 

NÃO VACINAR

- pessoas que tiveram uma reação prévia a esta vacina contra a gripe

- pessoas que já tiveram uma reação alérgica a ovos de galinha, neomicina ou timerosal

- indivíduos que tiveram uma desordem caracterizada por paralisia chamada de Síndrome de Guillain-Barré, em que se suspeitou que tivesse sido após uma vacina anti-Influenza

- pessoas com alguma doença febril atual

- primeiro trimestre da gravidez

Além da vacinação, os anti-virais podem ser usados como preventivos quando indicados pelo seu medico.

 

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

A pessoa gripada deverá ficar afastada de suas atividades normais por quanto tempo?

O indivíduo que se vacinou contra a gripe poderá apresentar a doença no mesmo ano?

O que é ‘antigenic drift’ e ‘antigenic shift’?

O adulto sadio com menos de 60 anos pode se beneficiar do uso da vacina anual?

O uso de vitamina C pode ajudar no tratamento ou prevenção da doença?

 

 


 GRIPE INFLUENZA A H1N1

O que é?

É uma doença causada por uma das mutações (geralmente H1N1) do vírus Influenza A. Portanto, é um vírus novo, com material genético desconhecido para o sistema imunológico das pessoas. Este novo vírus surgiu devido a uma grande variação antigênica do vírus Influenza.

Tal fenômeno acontece a intervalos irregulares que variam de 10 a 40 anos. É uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa, que afetou todo o mundo rapidamente em 2009 porque as pessoas não tinham imunidade contra ele. A OMS fez alerta de pandemia (alerta epidemiológico nível 6) em 11/06/2009 pela gravidade da situação.

O relatório anunciou 17 mil mortes de norte-americanos, sendo 1800 crianças até agora. O CDC estima que 41 a 84 milhões de casos de H1N1 ocorreram entre abril de 2009 e 16 de janeiro de 2010. Já nos porcos, a doença é considerada endêmica nos Estados Unidos, e surtos ocorreram na América do Norte e do Sul, Europa, África e partes do leste da Ásia.

 

Como ocorre?

O vírus se dissemina entre os porcos por aerosol da secreção respiratória destes pelo contato direto ou indireto. Eles podem ser infectados por vírus Influenza das aves, de humanos bem como de Influenza suíno. Os porcos podem ser infectados ao mesmo tempo por mais de um tipo de vírus, o que permite que estes se misturem. A infecção em humanos por Influenza suíno pode ocorrer em casos isolados ou surtos. Esta doença pode surgir após contato da pessoa sadia com porco infectado ou de pessoa sadia com pessoa infectada. No entanto, neste momento não há qualquer confirmacão de transmissão entre porcos e humanos.

Assim, como na gripe comum, o contágio entre as pessoas se dá através de secreções respiratórias como gotículas de saliva ao falar, espirrar ou tossir. Uma pessoa pode infectar outra desde um dia antes da doença aparecer até 7 dias (crianças até mais que isso) após sua resolução. Após contato com vírus, o indivíduo pode levar de 1 a 4 dias para começar a apresentar os sinais e sintomas da doença.

 

O que se sente?

Os sintomas lembram os sintomas da gripe. O individuo afetado pode ter início abrupto de febre alta associado à tosse, dores musculares e nas articulações (“juntas”), dor de cabeça, prostração, coriza, garganta inflamada, calafrios e, às vezes, vômitos e diarreia. A doença pode evoluir para falta de ar e insuficiência respiratória seguida de morte. Contudo, a grande maioria dos casos evolui espontaneamente para cura sem apresentar complicações.

 

Como se evita?

Estes casos de gripe suína podem ocorrer em qualquer época do ano. Contudo, tem incidência maior no outono-inverno nas zonas temperadas do globo. Muitos países vacinam rotineiramente as populações suínas contra este vírus.

Não há problemas em ingerir carne de porco ou produtos derivados dela (salame, por exemplo).

A doença não é contraída desta forma.

Para as pessoas que lidam diariamente com porcos, recomenda-se a prática de uma boa higiene, essencial sempre em todo contato com animais, especialmente durante abate, pós-abate e manuseio para prevenir exposição a estes agentes de doença. Animais doentes ou que tenham morrido de doença não devem ser processados nos abatedouros, e as autoridades competentes devem ser informadas sobre quaisquer eventos relevantes.

Para protecão pessoal devem ser utilizadas algumas medidas preventivas:

- evitar contato íntimo com pessoas que não estejam bem e que tenham febre ou tosse;

- lavar as mãos com água e sabão frequentemente e quando necessário;

- manter hábitos saudáveis como se alimentar corretamente, realizar atividades fisicas e manter sono adequado.

 

 Se houver uma pessoa doente na mesma casa:

- deixar um aposento separado para o doente. Se isso não for possível, este deve manter-se a uma distância de 1 metro pelo menos dos outros;

- deve-se cobrir boca e nariz ao entrar em contato com o doente. Máscaras podem ser usadas com esta finalidade e depois dispensadas;

- lavagem de mãos após contato com o doente;

- não compartilhar utensilios como copos, toalhas, alimentos ou objeto de uso pessoal;

- deixar o local onde o doente está bem arejado. Deixar portas e janelas abertas para circular o ar;

- manter os utensílios domésticos limpos;

- O doente deverá também cobrir a boca e nariz com lenço ao tossir e espirrar. A lavagem de mãos deve frequente e, principalmente, após tossir ou espirrar será importante para prevenir o contágio de outras pessoas. Por essa mesma razão, durante a doença, recomende familiares e amigos para que não visite o doente.

 

As pessoas devem se manter atualizadas sobre o problema através de boletins da OMS.

 

 

Como se trata?

 

A maioria dos casos de gripe suína se recuperam completamente da doença sem a necessidade de suporte hospitalar ou de antivirais. Alguns casos ocorridos nos Estados Unidos de gripe suína em humanos foram sensíveis ao uso de oseltamivir e zanamivir, mas, resistentes à amantadina e remantadina. Ou seja, estes últimos não foram eficazes. Entretanto, ainda não existem informações suficientes que recomendem o uso rotineiro de antivirais nos casos de gripe suína. Há relatos de depósitos destes antivirais pelo governo em caso de necessidade e vários laboratórios da Europa e da America do Norte têm permissão para produção de tais medicações. Existem relatos de sucesso usando oseltamivir em tempo hábil (dentro de 48h após início dos sintomas) mesmo em casos graves. O doente deverá ficar em casa, afastado do trabalho ou escola e evitar locais com acúmulo de pessoas durante a doença. Repouso e manter boa hidratacão também será importante durante sua recuperação.

 

 

Como o médico faz o diagnóstico?

 

A suspeita é feita naquelas pessoas com quadro de sinais e sintomas compatíveis. Nestes casos deverão serão coletados um aspirado nasofaríngeo através de kit específico disponíveis em locais que atendam casos suspeitos

 

 

Perguntas que você poderá fazer ao seu médico:

 

O que é uma transmissão sustentada entre humanos?

 

Qual a diferença entre caso provável e caso confirmado?

 

Podem ser realizadas duas vacinas injetáveis (por injeção) ao mesmo tempo?



HEPATITE A

 

 

 

O que é?

É uma inflamação do fígado (hepatite) causada por um vírus chamado Vírus da Hepatite A (HAV). Pelo seu modo de transmissão, esse tipo de hepatite é típico de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Nesses locais, incluindo a maior parte do Brasil, predomina em crianças pequenas (2 à 6 anos), porém, indivíduos que não tiveram a doença quando crianças, podem adquiri-la em qualquer idade.

 

Como se adquire?

Ocorre pela via chamada fecal-oral, na maioria das vezes com fezes de pacientes contaminando a água de consumo e os alimentos. Pode ocorrer também entre pessoas que utilizam piscinas com água mal tratada e compartilham toalhas e lençóis imperceptivelmente contaminados por fezes, por exemplo. Não raro ocorrem surtos em acampamentos ou em grupos que realizam caminhadas e trilhas e utilizam água de rio, lagos ou poços para consumo. Essas águas não tratadas podem estar aparentemente limpas, porém contaminadas.

 

O que se sente e como se desenvolve?

Os sintomas iniciais são variáveis, podendo ocorrer mal estar generalizado, dores no corpo, dor na parte direita superior do abdome, dor de cabeça, cansaço fácil, falta de apetite e febre.

Após, surgem, tipicamente, a coloração amarelada da mucosa e da pele, a icterícia.

A urina fica escura, amarronzada, semelhante a chá forte ou coca-cola, e, as vezes, referida como avermelhada. As fezes claras podem ficar tão claras quanto massa de vidraceiro.

Uma coceira pelo corpo (prurido) sucedida por marcas de coçadura e não antecedidas por lesões de pele ocorre em alguns casos.

A evolução geralmente é benigna, com alívio dos sintomas em 2 a 3 semanas.

A resolução total e cura ocorrem em torno de 2 meses.

Durante a recuperação podem haver uma ou duas recaídas dos sintomas e das alterações dos exames, o que não prejudica a recuperação total do paciente.

Excepcionalmente, em menos de 1% dos casos, acontece a evolução para forma fulminante, na qual há rápida perda da função do fígado, colocando o paciente em grande risco de morte.

Não existe forma crônica de Hepatite A, ou seja, exceto os poucos casos fatais associados à forma fulminante, o paciente fica curado, sem seqüelas e imunizado contra futuras exposições ao vírus. Cabe mencionar que muitas pessoas não apresentam sintomas e só descobrem que tiveram a doença por exames de sangue casuais.

 

 

Como o médico faz o diagnóstico?

 Juntando as queixas e os achados do exame clínico, o médico suspeita do diagnóstico que é confirmado por exames de sangue onde se detectam alterações hepáticas e anticorpos da fase aguda da doença pelo vírus da Hepatite A.

Alguns resultados desses exames iniciais e de seus controles podem revelar uma tendência para a forma de evolução desfavorável, a forma fulminante.

 

Como se trata?

 

Não há medicação específica. Quando necessário, usam-se remédios contra enjôo, dor e febre.

Repouso estrito não é necessário, cabendo ao paciente respeitar os limites conforme sua tolerância.

Não cabem restrições alimentares, a comida pode ser normal. Deve-se evitar, no entanto, o consumo de álcool e de qualquer medicações sem orientação médica.

Certas pessoas, devido ao mal estar e à náusea, não conseguem manter uma ingesta mínima de água e alimentos, necessitando de hidratação intravenosa (soro) e, por vezes, alguns dias de internação hospitalar.

Os raros casos de Hepatite A fulminante podem necessitam de cuidados hospitalares e intensivos e podem requerer transplante de fígado como única forma de tratamento.

 

 

Como se previne?

 

O vírus A é eliminado pelas fezes na fase de incubação e nos primeiros 10 dias de icterícia. As fezes contaminam as águas que, se não tratadas, ao serem usadas para lavar alimentos, utensílios e para o próprio banho levam a doença a novos indivíduos.

É importante portanto, o uso de água tratada ou fervida para fins alimentares, além de seguir recomendações quanto a proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas.

Indivíduos expostos ao vírus da Hepatite A, há menos de 15 dias e ainda sem sintomas, podem ser tratados com injeção de anticorpos (imunoglobulina), tentando prevenir ou amenizar a doença.

 

Vacinas

A vacina para Hepatite A é recomendável para todas crianças a partir de 1 ano de idade. Indivíduos não vacinados na infância e que viajam ou vivem em áreas onde a Hepatite A é muito freqüente, como o norte do Brasil e países tropicais não desenvolvidos, ou que, eventualmente, consomem água não tratada, devem ser vacinado. Grupos de alto risco como crianças e adultos que vivem em creches, asilos ou prisões, homo e bissexuais, usuários de drogas, pacientes com doença hepática crônica, portadores do HIV ou doenças da coagulação também devem ser vacinados.

A aplicação da vacina é útil em profissionais da área da saúde com potencial contato com pacientes ou material contaminado.

Trabalhadores da indústria alimentícia, uma vez vacinados, evitam a transmissão do vírus através dos alimentos que preparam.

A vacina é bem tolerada, sendo raros os eventos adversos significativos. São necessárias duas doses da vacina, com intervalo de 60 dias entre as aplicações.



HEPATITE B

 

 

 

O que é?

É uma inflamação do fígado causada pelo vírus da Hepatite B (HBV).

 

 

Como se adquire?

Transfusões de sangue foram a principal via de transmissão da doença, circunstância que se tornou rara com a obrigatória testagem laboratorial dos doadores e rigoroso controle dos bancos de sangue. Atualmente, o uso compartilhado de seringas, agulhas e outros instrumentos entre usuários de drogas, assim como relações sexuais sem preservativo (camisinha) são as formas mais frequentes de contaminação na população.

O contato acidental de sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus, com mucosa ou pele com lesões também transmitem a doença.

 Gestantes (grávidas) portadoras do vírus podem transmitir a doença para os bebês, sendo o momento do nascimento, seja por parto normal ou por cesariana o principal momento de risco para a transmissão.

 

O que se sente e como se desenvolve?

Assim como em outras hepatites, muitas pessoas não apresentam sintomas e descobrem que são portadoras do vírus, em atividade ou não, em exames de rotina. Quando presentes os sintomas ocorrem em fases agudas da doença e são semelhantes aos das hepatites em geral, se iniciando com:

-

mal-estar generalizado

-

dores de cabeça e no corpo

-

cansaço fácil

-

falta de apetite e náusea

-

febre.

Após, surgem tipicamente

-

coloração amarelada das mucosas e da pele (icterícia)

-

coceira no corpo

-

urina escura (cor de chá escuro ou coca-cola)

-

fezes claras (cor de massa de vidraceiro).

 
O risco de doença crônica com má evolução é maior em quem usa bebida alcoólica, em bebês que adquirem a doença no parto e em pessoas com baixa imunidade (pacientes com AIDS, em quimioterapia, ou submetidos a transplante de órgãos, por exemplo).
Ao final de 10 a 15 dias os sintomas gerais diminuem muito, mesmo na vigência da icterícia, que tende a desaparecer em 6 a 8 semanas em média. A resolução da doença ocorre em mais de 95% adultos que adquirem hepatite. Após a fase aguda, que pode passar desapercebida, 1 a 5% dos adultos não se curam da infecção e ficam com hepatite crônica. Desses, 25 a 40% podem desenvolver cirrose e câncer de fígado ao longo de décadas. Em crianças o risco da doença tornar-se portador de hepatite crônica é bem maior, cerca de 90% em recém nascidos e 50% da infância.

A forma clínica mais grave, chamada de hepatite fulminante, na qual há elevado risco de morte, ocorre em menos de 1% dos pacientes que adquirem o vírus.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

Os sintomas não permitem identificar a causa da hepatite. Hepatites em adultos, especialmente se usuários de drogas injetáveis, homossexuais ou pessoas com muitos parceiros sexuais levantam a suspeita de hepatite B.

A confirmação diagnóstica é feita por exames de sangue, onde são detectados anticorpos ou partículas do vírus da hepatite B. O exame central no diagnóstico da hepatite B crônica é o chamado antígeno de superfície do vírus B (HBsAg), que quando reagente (positivo) indica a presença do vírus e possibilidade de transmisão. A quantificação do vírus (HBV-DNA quantitativo, também chamado PCR quantitativo), realizada também por exame de sangue, é usada para confirmação da atividade do vírus e é fundamental na definição da necessidade e monitorização do tratamento.

 A biópsia hepática (retirada de pequeno fragmento do fígado com uma agulha fina para análise microscópica) pode ser necessária para avaliar o grau de comprometimento do fígado e a necessidade de tratamento.

 

Como se trata?

A hepatite B aguda não requer tratamento medicamentoso específico. Remédios para náuseas, vômitos e coceira, bem como administração endovenosa de líquidos (soro) podem ser usados ocasionalmente.

O repouso no leito não deve ser exigido uma vez que não afeta a evolução para hepatite crônica ou fulminante. A ingestão de álcool em qualquer quantidade é proibida.

O uso de qualquer medicamento deve ser avaliado pelo médico, já que muitos necessitam de um bom funcionamento do fígado para seu desempenho. A forma fulminante da hepatite aguda exige cuidados intensivos em hospital, podendo necessitar de transplante hepático de urgência.

Muitos casos de hepatite crônica B necessitam tratamento para evitar a evolução da doença e o risco de desenvolver cirrose e suas complicações. Os tratamentos podem ser divididos em dois grupos: o primeiro, formado pelo interferon e pelo interferon peguilado é injetável por via subcutânea, e o segundo, formado pelas medicações de uso oral. Os interferons, tem a vantagem de ser a única opção com prazo definido de tratamento, geralmente cerca de um ano. Entretanto, a quantidade de pacientes com resposta ao uso do interferon na hepatite B é reduzido, geralmente abaixo de 15-20%. Além disso, os efeitos adversos restringem o uso do interferon a casos selecionados com maior chance de resposta.

A maioria dos indivíduos que necessitam tratamento são candidatos ao uso por prazo indeterminado de uma medicação oral. Os agentes atualmente disponíveis são a lamivudina, o adefovir, o entecavir e o tenofovir. Devido ao menor desenvolvimento de resistência, o entecavir e o tenofovir tem sido as medicações preferenciais para novos tratamentos. Para pacientes já em tratamento com os outros agentes, o acréscimo de mais uma medicação deve ser discutido individualmente com o seu médico. O tratamento por via oral costuma ser bem tolerado, e com poucos efeitos adversos.

 

Como se previne?

A vacina para hepatite B deve ser feita em todos os recém-nascidos, iniciando o esquema vacinal já no primeiro mês de vida. Adultos não vacinados e que não tiveram a doença também podem fazer a vacina, que está especialmente recomendada a pessoas que cuidam de pacientes, a profissionais da área da saúde, aos portadores do vírus da hepatite C, alcoolistas e a indivíduos com quaisquer outras doenças hepáticas. Deve-se usar luvas, máscara e óculos de proteção quando houver possibilidade de contato com sangue ou secreções corporais.

Pessoas que tiveram exposição conhecida ao vírus (relação sexual com indivíduo contaminado, acidente com agulha) devem receber uma espécie de soro (imunoglobulina) nos primeiros dias após o contato, o que pode diminuir a chance ou, pelo menos, a intensidade da doença. Recém-nascidos de mães com hepatite B devem receber imunoglobulina específica e vacina imediatamente após o parto para diminuir o risco do bebê desenvolver a doença. O tratamento da mãe para diminuir o risco de transmissão deve ser discutido individualmente com o especialista.

 

Atenção

Nas relações sexuais, é fundamental uso de preservativo (camisinha). A chance de pegar hepatite B numa relação desprotegida é bem maior do que a de pegar AIDS.

 Qualquer forma de relação sexual pode transmitir hepatite B.



Hepatite C

 

O que é?

É uma inflamação do fígado causada pelo Vírus da Hepatite C (HCV).

 

Como se adquire?

Situações de risco são as transfusões de sangue, a injeção compartilhada de drogas e os acidentes profissionais.

Portanto, podemos nos contaminar com o vírus da Hepatite C ao termos o sangue, as mucosas ou a pele não íntegra atingida pelo sangue ou por secreção corporal de alguém portador do HCV, mesmo que ele não se saiba ou não pareça doente.

A transmissão sexual do HCV não é freqüente e a transmissão da mãe para o feto é rara (cerca de 5%). Não são conhecidos casos de transmissão de hepatite C pelo leite materno. Apesar das formas conhecidas de transmissão, 20 a 30% dos casos ocorrem sem que se possa demonstrar a via de contaminação.

 

O que se sente e como se desenvolve?

Diferentemente das hepatites A e B, a grande maioria dos casos de Hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda ou, se ocorrem, são muito leves e semelhantes aos de uma gripe. Já há tratamento para a fase aguda da Hepatite C, diminuindo o risco de cronificação. Por isso pessoas suspeitas de terem sido contaminadas merecem atenção, mesmo que não apresentem sintomas.

Mais de 80% dos contaminados pelo vírus da hepatite C desenvolverão hepatite crônica e só descobrirão que tem a doença em exames por outros motivos, como por exemplo, para doação de sangue. Outros casos, aparecerem até décadas após a contaminação, através das complicações: cirrose em 20% e câncer de fígado em 20% dos casos com cirrose.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

Na fase antes do aparecimento das complicações, exames de sangue realizados por qualquer motivo, podem revelar a elevação de uma enzima hepática conhecida por TGP ou ALT. Essa alteração deve motivar uma investigação de doenças hepáticas, entre elas, a Hepatite C. A pesquisa diagnóstica busca anticorpos circulantes contra o vírus C (Anti-HCV). Quando presentes, podem indicar infecção ultrapassada ou atual. A confirmação de infecção atual é feita pela identificação do vírus no sangue, pelo método da Reação da Cadeia da Polimerase (PCR RNA-HCV). Com a evolução, aparecem alterações de exames de sangue e da ecografia (ultrassonografia) de abdome.

Muitas vezes o médico irá necessitar de uma biópsia hepática (retirada de um fragmento do fígado com uma agulha) para determinar a grau da doença e a necessidade ou não de tratamento. São realizados também a detecção do tipo de vírus (genotipagem) e da quantidade de vírus circulante (carga viral), que são importantes na decisão do tratamento.

 

Como se trata?

Nos raros casos em que a hepatite C é descoberta na fase aguda, o tratamento está indicado por diminuir muito o risco de evolução para hepatite crônica, prevenindo assim o risco de cirrose e câncer. Usa-se para esses casos o tratamento somente com interferon por 6 meses.

O tratamento da Hepatite Crônica C vem alcançando resultados progressivamente melhores com o passar do tempo. Enquanto até há poucos anos alcançava-se sucesso em apenas 10 a 30% do casos tratados, atualmente, em casos selecionados, pode-se alcançar até 90% de eliminação do vírus (Resposta Viral Sustentada). Utiliza-se uma combinação de interferon (“convencional” ou peguilado) e ribavirima, por prazos que variam de 6 a 12 meses (24 a 48 semanas). O sucesso do tratamento varia principalmente conforme o genótipo do vírus, a carga viral e o estágio da doença determinado pela biópsia hepática.

Pacientes mais jovens, com infecção há menos tempo, sem cirrose, com infecção pelos genótipos 2 e 3 e com menor carga viral (abaixo de 800.000 Unidades/mL) tem as melhores chances de sucesso. O novo tipo de interferon, chamado interferon peguilado ou “peg-interferon” é uma alternativa que vem alcançando resultados algo superiores aos do interferon convencional especialmente para portadores do genótipo 1 e pacientes com estágios mais avançados de fibrose na biópsia.

Os efeitos indesejáveis (colaterais) dos remédios utilizados em geral são toleráveis e contornáveis, porém, raramente, são uma limitação à continuidade do tratamento. A decisão de tratar ou não, quando tratar, por quanto tempo e com que esquema tratar são difíceis e exigem uma avaliação individualizada, além de bom entendimento entre o paciente e seu especialista.

Novas alternativas terapêuticas vêm surgindo rapidamente na literatura médica. Além de novas medicações, a adequação do tempo do tratamento a grupos de pacientes com características diferentes poderá melhorar ainda mais os resultados alcançados com as medicações atualmente disponíveis. Estudos vêm mostrando que, para alguns pacientes, com características favoráveis, tempos mais curtos de tratamento possam ser suficientes, enquanto que pacientes com menor chance de resposta e, possivelmente, aqueles que não responderam a tratamentos anteriores, possam se beneficiar com tempos maiores de tratamento.


Como se previne? 

A prevenção da hepatite C é feita pelo rigoroso controle de qualidade dos bancos de sangue, o que no Brasil, já ocorre, tornando pequeno o risco de adquirir a doença em transfusões. Seringas e agulhas para injeção de drogas não podem ser compartilhadas. Profissionais da área da saúde devem utilizar todas as medidas conhecidas de proteção contra acidentes com sangue e secreções de pacientes, como o uso de luvas, máscara e de óculos de proteção. O uso de preservativo nas relações sexuais com parceiro fixo não é indicado para prevenção da transmissão da hepatite C. 



 

 

HERPES SIMPLEX (Simples)

 

O que é?

 

É uma doença infecciosa muito contagiosa, recorrente, geralmente benigna, causada por dois vírus da família dos Herpesviridae [Herpes simplex vírus 1 (HSV-1) e Herpes simplex vírus 2 (HSV-2)].É característica destes vírus infectar algumas células de forma lítica causando lesão (com destruição da célula) como nos epitélios (células da pele e das mucosas) e outras de forma latente (sem atividade destrutiva) como em neurônios (células do sistema nervoso) de onde são reativados (por fatores vários como exposição ao sol, febre, período menstrual, traumatismo, stress, uso de determinados medicamentos ou situações de redução da resistência física) voltando a infectar de forma lítica as células sensíveis causando nova doença. Os intervalos das recaídas são de espaçamento variado, acredita-se que estes vírus permaneçam em nosso organismo por toda a vida.

 

Como se adquire?

 

A transmissão do vírus se faz preferentemente por contato direto pessoa – pessoa, mesmo que não haja lesão ativa. A infecção através de objetos pode existir, mas é menos comum. O tempo que medeia entre o contato e os sintomas iniciais (período de incubação) é estimado em duas semanas. Em torno de 90% das pessoas tiveram ou terão contato com o HSV-1 e cerca de 20% com o HSV-2.

Na maioria dos casos o HSV-1 provoca lesões ao redor da boca (herpes labial, gengivoestomatite, faringite herpética), o HSV-2 provoca lesões genitais (uretra, vulva, pênis, vagina, etc.).As infecções primárias pelo HSV-1 são doenças primariamente de crianças, as infecções pelo HSV-2 são transmitidas principalmente por contato sexual tendo predomidância entre os adultos.

 

O que se sente?

Considerável parte das pessoas que estão transmitindo os vírus dos herpes não apresenta sintomas tanto nas doenças pelo HSV – 1 como no HSV-2, mesmo a primeira infecção pode transcorrer sem queixas. As pessoas que apresentam sintomas sistêmicos (sintomas além dos localizados) podem se queixar de mal estar, febre e desconforto ou queixas vagas de pequena intensidade. Nas localizações bem definidas as manifestações podem ser bem características. 
 

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Gengivoestomatite. Febre alta, múltiplas feridas na boca, língua, faringe, intensa reação inflamatória da gengiva e aumento dos gânglios do pescoço. Nos adolescentes e crianças maiores predominam as úlceras faríngeas.

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Genital. Feridas penianas, vulvares, vaginais, perianais, com ou sem comprometimento uretral que Existindo pode ocasionar desconforto ao urinar. O diagnóstico de herpes genital em criança faz pensar em abuso sexual

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Encefalite. Mesmo fora do período neonatal a reativação dos HSV-1 ou 2 pode causar lesões neurológicas importantes com quadro semelhante ao das outras infecções virais.

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Neonatal. Os casos de infecção neonatal podem ser adquiridos tanto por infecção ascendente durante a gravidez como por contaminação durante o parto. As doenças neonatais quando generalizadas são muito graves. É importante considerar a necessidade de realizar o nascimento por cesariana em todos os casos de herpes genital.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

 

Nos casos típicos é suficiente o exame clínico. Em situações especiais pode ser necessário a identificação do vírus ou ser bastante o exame citológico da lesão ou mesmo a comprovação laboratorial de outros órgãos atingidos.

 

 

Como se previne?

Evitar o contato com lesões evidentes. Identificar as causas que desencadeiam os surtos recorrentes para evitá-los incluindo a indicação de cesariana para mulheres com herpes genital. O uso protetor solar reduz a incidência de herpes relacionado à exposição solar. 

 


HÉRNIA ABDOMINAL

 

O que é?

 

Hérnia é a protrusão (saliência) de uma porção do organismo que se exterioriza através de um ponto fraco natural ou adquirido. Um exemplo é a hérnia umbilical que aparece através do umbigo, que é um ponto fraco natural. O umbigo é o local por onde o feto foi alimentado durante a vida uterina. No umbigo não existe proteção muscular como no restante da parede abdominal, ele se mantém fechado por uma fibrose constituída por tecido cicatricial. A hérnia abdominal que ocorre sobre uma cicatriz operatória é adquirida porque o enfraquecimento da parede abdominal é conseqüência direta da cirurgia.

 

Onde ocorrem?

 

As hérnias mais freqüentes são no abdômen. Ocorrem também em outros locais. No tórax, através do diafragma (músculo que separa as cavidades torácica e abdominal). No crânio pode ocorrer quando a porção mais baixa e posterior do encéfalo protrui para dentro de um espaço existente na coluna vertebral; é causada por aumento da pressão intracraniana e representa risco de vida, exigindo providências imediatas. Hérnia de disco intervertebral é ocasionada por ruptura da parede externa firme do disco que fixa as vértebras entre si; na circunstância, o conteúdo gelatinoso existente entre os discos vertebrais protrui para dentro do espaço vertebral podendo comprimir raízes nervosas e provocar dor intensa.

 

Como se apresentam as hérnias abdominais?

 As hérnias abdominais se manifestam como abaulamentos na parede abdominal, contendo estruturas que saem de dentro de sua cavidade. O conteúdo das hérnias que atravessa a musculatura da parede abdominal é constituído, habitualmente, por alças intestinais, especialmente de intestino delgado que é muito mais móvel do que o intestino grosso. Esse conteúdo é envolvido por um saco herniário revestido externamente por pele e internamente por peritônio, que é a delgada lâmina de tecido que recobre a cavidade abdominal internamente.

A margem do orifício por onde sai a hérnia denomina-se anel herniário.

Normalmente é fácil reintroduzir o conteúdo da hérnia para dentro do abdômen. Essa manobra é designada redução. Em outras ocasiões, especialmente em hérnias mais antigas, o conteúdo pode ficar permanentemente preso dentro do saco herniário e não se consegue reintroduzí-lo no abdômen, ou seja, não se consegue reduzir a hérnia. É a hérnia encarcerada, isto é, aquela cujo conteúdo ficou permanentemente preso fora da cavidade abdominal.

A complicação grave das hérnias é seu estrangulamento. Quando o intestino torce dentro do saco herniário, interrompe-se o trânsito de seu conteúdo e comprimem-se os vasos sanguíneos que o irrigam. A torção, provocando obstrução intestinal, se caracteriza, clinicamente, por cólicas abdominais e parada da eliminação de gases e fezes. A compressão dos vasos sangüíneos tende a produzir gangrena da alça intestinal torcida e ruptura posterior da mesma, provocando infecção grave que se estende para toda a cavidade peritoneal, ou seja, provoca o

quadro grave de peritonite aguda.

 

O que se sente?

Geralmente, nas hérnias de parede abdominal o paciente refere uma protusão. Esta pode ser acompanhada de dor, desconforto ou sinais de obstrução intestinal (náuseas, vômitos, parada de eliminação de flatos ou fezes).

 

Como o profissional de saúde faz o diagnóstico?

O profissional faz o diagnóstico através de exame cliníco (história e exame físico) e exames complementares (por exemplo: ecografia abdominal e de parede).

 

Como se trata?

O tratamento das hérnias abdominais é cirúrgico. Quando não complicada, a cirurgia é eletiva, isto é, sem pressa e com decisão e aprazamento definidos pelo paciente e pelo médico. O estrangulamento herniário causa risco de vida e exige tratamento imediato, de urgência. Nas primeiras horas do estrangulamento pode-se tentar reintroduzir manualmente o conteúdo do saco herniário para dentro da cavidade abdominal e, então, programar o tratamento cirúrgico posteriormente. Porém, decorridas seis ou mais horas do estrangulamento, não se deve indicar a redução. Indica-se cirurgia de imediato, pela gravidade decorrente da gangrena do intestino.

O uso de fundas de contenção do saco herniário foi muito difundida antigamente, quando o sucesso da cirurgia das hérnias deixava a desejar. Nos dias atuais, com técnica operatória bem definida e materiais de sutura de muito boa qualidade, a cirurgia obtém resultados muito bons. O índice de recidiva (volta da hérnia) pós-operatória, quando a cirurgia é realizada com sucesso, gira em torno de 1% a 3%. Quando as estruturas da parede abdominal estão muito enfraquecidas, a utilização de próteses, isto é, de telas de tecido plástico dão sustentação adequada à parede do abdômen.

Hoje em dia, a videolaparoscopia mantém uma posição de destaque no tratamento da hérnia inguinal, resultando em menor tempo de internação, bem como uma recuperação mais rápida. No entanto, infelizmente, demanda uma cirurgia de maior custo financeiro, sem influenciar os índices de recidiva da hérnia inguinal.

(nota: não conseguímos encontrar nenhum filme)


 

HEPATOMA

 

 

O que é?

Hepatoma é o mais freqüente câncer originado no fígado. Deve-se destacar, no entanto, que a maioria dos tumores aí encontrados são metástases (implantações) de câncer vindos de outros órgãos.

Muitos nódulos encontrados no fígado podem ser tumores benignos ou más-formações de vasos sanguíneos (chamados hemangiomas), sem maior significado clínico.

 

Como se desenvolve e como se adquire?

O câncer é uma multiplicação desordenada das células de um determinado órgão. Não se sabe exatamente como as células passam, a partir de certo momento, a serem células cancerígenas.

No caso do hepatoma, também, não se sabe como o câncer inicia, porém sabe-se que certas doenças do fígado aumentam muitas vezes o risco do câncer.

O risco de câncer de fígado é maior: 
 

 

-em portadores do vírus da hepatite B ou C

 

-na co-infecção pelo vírus da hepatite D

 

-na cirrose por álcool ou qualquer outra causa

 

-na exposição à aflatoxina (toxina de um fungo que contamina cereais e outros alimentos).

Outras causas mais raras são a hemocromatose, porfiría cutânea tarda, síndrome de Budd-Chiari, entre outras. Acredita-se que o cigarro contribua para o aparecimento desse câncer. Não é bem estabelecida a associação do hepatoma com o uso de certos hormônios e pílulas anticoncepcionais.

 

 

O que se sente?

O tumor pode passar despercebido até que tenha grande tamanho ou cause complicações.

Pode haver: 

 

-dor na porção direita superior do abdômen, próximo ou abaixo das costelas desse mesmo lado

 

-falta de apetite

 

-perda de peso

 

-icterícia (cor amarelada das mucosas e da pele)

 

-ascite (líquido dentro da barriga)

 

-aumento do tamanho do fígado e do abdômen.

Na maioria das vezes, a doença ocorre em indivíduos que já sabem ter cirrose e a primeira manifestação nesses casos pode ser uma abrupta piora de um quadro até então estável.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

 

Além de identificar os sintomas acima descritos, o médico pode notar o aumento do tamanho do fígado e/ou nódulos à palpação do mesmo.

O primeiro passo para o diagnóstico costuma ser através da ecografia (ultra-sonografia) ou tomografia computadorizada do abdômen, que identifica nódulos no fígado.

Certos exames de sangue, como os de enzimas hepáticas, bilirrubinas e, especialmente, a alfa-fetoproteína, podem estar aumentados.

O diagnóstico definitivo pode ser feito por biópsia do nódulo identificado na eco ou tomografia (retirada com agulha de um pequeno fragmento do fígado) para análise em microscópio.

 

Como se trata?

A base do tratamento está na retirada do nódulo por cirurgia. Em certos casos, podem ser usados métodos alternativos, como a injeção de álcool no interior do tumor ou a embolização (coagulação) do tumor.

Como na maioria das vezes os doentes são indivíduos com cirrose, pode ser impossível a cirurgia, pois a porção de fígado que restaria após a cirurgia não seria suficiente para atender às necessidades mínimas do organismo.

Nesses casos, quando o paciente preenche uma série de pré-requisitos, pode ser indicado o transplante hepático como forma de tratamento.

A quimioterapia e a radioterapia tem resultados pobres nessa doença.

 

Como se previne?

 A melhor forma de prevenção do hepatoma é prevenindo a cirrose. Isso é feito através: 
 

 

-do controle do uso abusivo do álcool

 

-do controle das hepatites B e C

Em pacientes com cirrose, em quem o risco é bem maior do que no restante da população, é recomendada a realização de ecografia de abdômen e dosagem de alfa-fetoproteína a cada 6 a 12 meses, na tentativa de detectar precocemente esse tipo de câncer.

(não conseguímos encontrar nenhum filme)


HERPES GENITAL

 

 

 

 

 

O que é Herpes Genital?

 


Herpes genital é uma doença comum causada por um vírus chamado vírus herpes simplex II, que causa bolhas dolorosas que se abrem nos órgãos genitais de ambos os sexos.

 



Como acontece?

Pode haver contágio através de contato íntimo dos genitais durante relação sexual, boca ou área anal e mãos que estejam infectadas.


Uma vez infectado, o vírus permanecerá no corpo pelo resto de sua vida. Normalmente, ficará em estado latente, o que significa que não causará sintomas. No entanto, poderá tornar-se ativo por causa de tensões emocionais, roupas apertadas, relações sexuais sem lubrificação suficiente, ou outras doenças e causar feridas novamente. A herpes é altamente contagiosa, principalmente quando apresenta ferimentos, mas também quando não apresentar sintomas e feridas. 

 

 

Quais são os sintomas?

Os sintomas podem incluir:


- Feridas dolorosas (bolhas) nos genitais (por exemplo, no pênis de um homem ou na área ao redor da vagina de uma mulher), coxas e nádegas
Febre (normalmente só na primeira erupção das bolhas)
- Mal-estar geral, dor muscular
- Corrimento vaginal
- Dor ao urinar
- Dificuldade para urinar
- Dor durante a relação sexual
- Coceira
- Sensibilidade, crescimento de caroços com pus na virilha

Primeiramente, as feridas podem se apresentar como bolhas pequenas e claras, que rapidamente perdem sua cobertura fina causando pequenas feridas (3 a 6mm), rosas ou vermelhas e rasas, sensíveis ao toque e normalmente aparecem em grupos de muitas bolhas ou apenas uma única bolha.

Os sintomas da herpes são normalmente mais fortes durante a primeira erupção, embora algumas pessoas infectadas por herpes não apresentem sintomas.

Como é feito o diagnóstico?

Através de exames laboratoriais das células ou do líquido de uma das feridas.


Como proceder o tratamento?

A herpes genital não tem cura, o vírus permanecerá no organismo e através da injestão de acyclovir ou famciclovir, que será prescrito por seu médico, os sintomas serão amenizados. Coso esteja grávida, informe ao médico responsável pelo tratamento para que possa decidir a medicação.

A herpes ativa durante a gravidez, poderá ser transmitida ao bebê durante o parto portanto, é prudente informar ao médico para que providências sejam tomadas para evitar o contágio.

Qual a duração dos efeitos?

As feridas normalmente começam a cicatrizar depois de aproximadamente 5 dias e geralmente desaparecem entre 1 e 3 semanas, mas algumas vezes elas podem durar por mais de 6 semanas.

Cerca da metade das pessoas infectadas por herpes têm reincidências, que podem ser mais moderadas e as feridas cicatrizam mais rápido.

Que cuidados devem ser tomados durante a infecção ativa?

Siga todo o tratamento prescrito pelo médico. Em complementação, quando tiver feridas:

- Use luvas descartáveis para aplicar a medicação para evitar a propagação da infecção a outras partes do corpo através das mãos.
- Ao usar o banheiro faça a higienização da frente para trás .
- Use roupas soltas, preferivelmente de algodão, para permitir a circulação do ar e evitar pressão sobre pele, o que pode causar mais bolhas.
- Tome aspirina, acetamina ou codeína para aliviar a dor.
- Evite compartilhar toalhas ou roupas. 
- Evite usar duchas, sabonetes perfumados, sprays, desodorantes higiênicos femininos, ou outros produtos químicos na área genital. 
- Evite sol e calor excessivos, o que pode causar mais bolhas.
- Evite contato sexual com outras pessoas.

O que pode ser feito para prevenir reincidências?

- Tomar toda a medicação prescrita pelo médico.
- Seguir as instruções do médico para retornos e exames necessários.
-Contar ao(s) seu(s) parceiro(s) sexuais sobre a doença para que ele(s) possa(m) ser examinado(s) e tratado(s), se necessário.

O que fazer para evitar a Herpes Genital?

- Pergunte ao seus parceiro se teve ou tem herpes porque pode ser propagada através de áreas não protegidas pelo preservativo, como por exemplo, a virilha, coxas e abdômen.
- Evite sexo oral-genital e oral-anal com alguém que tenha feridas secas na boca. Feridas secas são causadas por vírus que podem infectar os genitais.
-Sempre usar preservativo durante qualquer contato sexual, pois não é possível saber ou predizer quando ovírus pode ser transmitido à outros, inclusive sexo oral-genital e anal-genital.

 

 

 


 

Sofia e Rafael Santos