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ZIGOMA - FRATURA DE ÓRBITA

O osso zigomático (malar), ou maçã do rosto, é um dos sete ossos que constituem a cavidade orbitária, onde se assentam os globos oculares (figura 1). 

Ossos constituintes da cavidade orbitária 

1.Ossos constituintes da cavidade orbitária

Por ser um osso proeminente em relação à face, com bastante frequência é afetado nos traumatismos de face, com fraturas demandando muitas vezes procedimentos cirúrgicos em nível hospitalar para o reparo da região.

Divide-se em vários pilares, que se comunicam com a própria órbita, com o seio maxilar e com o osso temporal, sendo a sua anatomia bastante complexa e de difícil reparo quando fraturado. Esportistas profissionais de alto impacto com freqüência se envolvem em acidentes resultando no acometimento deste osso.

Os sinais clássicos da fratura do osso zigomático são os mesmos de qualquer fratura de órbita: edema (inchaço), hematoma, equimose subconjuntival (olhos vermelhos), parestesia na região do trauma (sensibilidade alterada) e diplopia (visão dupla). Os sinais adicionais e específicos são o afundamento da maçã do rosto, dificuldade de abertura bucal (pela interferência do osso fraturado com o osso mandibular) e crepitação durante a manipulação.

 

2.Sinais clássicos de fratura zigomática

O diagnóstico se baseia no exame clínico, em que devem ser levadas em consideração a força, a velocidade e a direção do trauma, e os exames por imagem com a radiografia de seios da face e a tomografia computadorizada. Importante ressaltar que a avaliação oftalmológica é necessária sempre que exista a possibilidade de lesão aos globos oculares.

Dependendo do nível de deslocamento do osso ou do grau de comprometimento funcional, o cirurgião bucomaxilofacial decide a necessidade ou não de tratamento cirúrgico. O tratamento baseia-se na fixação das fraturas através de placas e parafusos de titânios, através de incisões seguindo as linhas de expressão e que não deixam cicatrizes aparentes. 


 

ZUMBIDO

 

O que é?

É um som que não está ao nosso redor mas dentro de nós (dentro da via auditiva). Pode ser percebido no(s) ouvido(s) ou na cabeça e pode ter uma única ou múltiplas causas. O zumbido não é uma doença mas um sintoma, uma percepção auditiva fantasma cuja intensidade é impossível de ser  mensurada.

 

Como é?

O barulho (zumbido) pode ser referido como um chiado, apito, barulho de chuveiro, de cachoeira, de concha, de cigarra, do escape da panela de pressão, de campainha, do esvoaçar de um inseto, de pulsação do coração, etc. Pode ser de forma contínua ou intermitente, mono ou politonal.

 

O zumbido causa sofrimento?

Cerca de 17% da população mundial tem zumbido. A maioria relata o zumbido apenas como um incomodo, outros dizem que certas funções como o sono e a concentração estão prejudicadas. Em sua forma severa, que corresponde a cerca de 20% dos casos o zumbido causa sofrimento. É  a queixa principal e freqüentemente dramática na consulta médica. Em geral são pessoas acometidas também por outros transtornos, principalmente os de natureza psiquiátrica. O grau de desconforto, intolerância ou incapacidade quase sempre não estão relacionados com o grau de intensidade do zumbido. Os transtornos de humor (depressão, distimia) e ansiedade, freqüentemente presentes, exercem fortes influências no agravamento do sintoma zumbido.

 

Zumbido tem causa?

Em geral nenhuma causa especifica pode ser estabelecida para o tipo comum (subjetivo) de zumbido. Perda auditiva, infecção no ouvido,obstrução do conduto auditivo ( cerume), ingestão de determinados medicamentos , exposição prolongada ao ruído, tumor, são fatores entre outros , que podem estar associados com o zumbido. Se for do tipo objetivo ou vibratório (incomum) as causas são vasculares (pulsáteis) ou musculares (clipes).

 

Como o médico faz o exame? 

O medico ouve, examina e pede os exames complementares necessários: audiologicos, laboratoriais, eletrofisiológicos e de imagem. Atenção especial deve ser dada à vida psíquica do paciente.

 

Como se trata?

Os pacientes com zumbido crônico severo, isto é, o zumbido que causa sofrimento, necessitam do que chamamos de um tratamento/controle, termo usado para referir-se a quaisquer modalidades conhecidas de terapia que oferecem alivio ao paciente de sintomas que o afligem.

1. Orientação: primeiro principio básico da T.R.T. O paciente precisa estar ciente que o tratamento básico não será com a ingestão de remédios, mas com a importante participação dele mesmo na prática de exercícios mentais  que visam a habituaçãoao distúrbio que o acomete. Controle da mente com técnicas de meditação são estimuladas, alem do acompanhamento psicoterápico muitas vezes  necessário.

2. Terapia sonora: segundo  principio básico da  T.R.T. A finalidade é “EVITE O SILÊNCIO” proporcionando  um enriquecimento sonoroatravés de aparelhos eletrônicos colocados no meio ambiente ou diretamente no ouvido do paciente. Existem quatro maneiras de se fazer a terapia sonora.

a) Geradores externos de som:uteis principalmente à noite na hora de dormir, quando o silêncio é maior. Existem CD’s com sons suaves e relaxantes (música, sons da natureza). Os travesseiros com alto-falantes são indicados quando existe a preocupação de incomodar o (a) companheiro (a).

b) Aparelho auditivo:freqüentemente pacientes com zumbido apresentam  também perda auditiva. Nestes casos um aparelho auditivo, utilizado para melhorar a audição vai fazer o enriquecimento sonoro pela percepção de novos sons que antes não eram ouvidos.

c)         Geradores de som:esteticamente semelhantes aos aparelhos auditivos. A intensidade do som que eles emitem diretamente no canal do ouvido, deve ser       regulado em intensidade menor do que a do zumbido, evitando-se mascará-lo, para seguir o preceito determinado pela TRT, a  habituação .

d)         Gerador de som acoplado ao aparelho auditivo:são sistemas combinados usados nos casos de perdas  auditivas significativas e zumbido. O tratamento  TRT induz à habituação ao som do zumbido e isso ocorre a partir do momento em que o som não provoca nenhuma reação importante ou sentimentos negativos no paciente. Trata-se de  tratamento longo (18 a 24 meses).

Outros métodos de tratamentos:

  -Estimulação magnética transcraniana: consiste na aplicação diária de estímulos magnéticos repetitivos de baixas freqüências na região temporal do cérebro durante uns 10 dias.
  -Estimulação elétrica da via auditiva: os estímulos são usados diretamente sobre as estruturas neurosensoriais da cóclea.
  -Acupuntura, hipnose: citados em algumas fontes.