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SARAMPO

O que é?

Doença infecciosa, altamente contagiosa, faz parte do grupo das doenças que se manifestam por alterações marcantes da pele, exantema eritematoso (pele avermelhada, com placas tendendo a se unirem) e com comprometimento de vários órgãos.

O sarampo é causado por um vírus chamado morbili vírus.

 

Como se transmite?

Os homens e os macacos são os únicos animais que abrigam naturalmente esse vírus.

Gotículas da respiração e mesmo o ar com o vírus ainda vivo são responsáveis pela disseminação da doença.

O período de contaminação se inicia 3 a 4 dias antes e vai até 4 a 5 dias após o surgimento das lesões da pele (rash cutâneo). O tempo que leva entre a contaminação e o aparecimento dos sintomas (período de incubação) é em média 2 semanas.

 

O que se sente?

Febre muito alta, tosse intensa, coriza, conjuntivite e exantema máculo-papular (pele com placas ásperas avermelhadas).

O exame interno da bochecha permite identificar pequenos pontos branco-amarelados (enantema de Koplick) que confirma o diagnóstico.

 

Como se faz o diagnóstico?

A história do paciente e o exame clínico permitem o diagnóstico na quase totalidade dos casos.

Em situações mais difíceis, a presença de anticorpos (reação do organismo para se defender desse vírus) no sangue é confirmatória da moléstia.

 

Como se trata?

Na imensa maioria das vezes o tratamento é voltado para diminuir os sintomas como febre e tosse, ou para combater alguma complicação quando antibióticos sao usados.

Casos muito especiais podem necessitar medicação do tipo gama globulina anti-sarampo, visando o próprio vírus ou o reforço da capacidade de defesa geral.

 

Prognóstico

O sarampo é certamente a mais grave das chamadas doenças comuns da infância: complicações graves e morte ocorrem em até 3/1000 casos.

Como se previne?

 

A vacina anti-sarampo, altamente eficaz, é aplicada:

12 meses - dose única

4-6 anos - 1º reforço

12 anos - 2º reforço

 

Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação.

Mulheres grávidas ou que possam engravidar dentro de 90 dias não devem ser vacinadas.

Pacientes com leucemia, linfomas, HIV/SIDA e outros problemas sérios de imunidade devem ser avaliados individualmente.

 

 

 


 

SHIGUELOSE   

O que é?

É uma infecção causada por uma bactéria do gênero Shiguellae suas espécies.

 

Como se adquire?

A infecção se dá através da água e alimentos contaminados. Também está demonstrado que pode ser transmitida por contato pessoal.

 

O que se sente?

Os sintomas são bem variáveis, podendo ser assintomático ou apresentar formas muito graves. As formas leves podem apresentar somente diarréia aquosa.

As formas graves podem apresentar febre, diarréia, dor abdominal em forma de cólica e, após alguns dias, diarréia com sangue e manifestações de toxemia como desidratação, hipotensão, convulsões.

 

Como se faz o diagnóstico?

Avaliação clínica e epidemiológica, confirmação laboratorial por semeadura de fezes e identificação da espécie.

 

Como se trata?

Reidratação oral, tratamento dos sintomas abdominais, hidratação parenteral se houver perda de consciência ou vômitos persistentes e antimicrobianos específicos.

 

Como se previne?

É uma doença diarréica aguda e a freqüência das infeccções por shiguella aumenta com a idade da criança.

 

O objetivo da vigilância epidemiológica é o de:

Monitorar os surtos.

Fazer a manutenção das atividades de educação em saúde.

As medidas de controle incluem:

Tratamento da água, 

Destino adequado de lixo,

Higiene pessoal e alimentar.

 

É necessário educação em saúde em locais de uso coletivo como colégios, creches, hospitais, quartéis, penitenciárias que podem apresentar riscos maiores quando as condições sanitárias não são adequadas.

As ocorrências em creches devem ser seguidas de isolamento entérico, além de reforçadas as orientações quanto à manipulação de alimentos.

O aleitamento materno confere elevada proteção a esse grupo de crianças.                

  bactéria do gênero Shiguella

 


SINUSITE

O que é?

Sinusite é uma doença com base inflamatória e/ou infecciosa que acomete as cavidades existentes ao redor do nariz. Estas deveriam comunicar-se com as fossas nasais sem impedimentos! São cavidades revestidas por uma mucosa que necessita ventilação para a manutenção da normalidade na região

 

Como se adquire?

Após infecção viral, inflamação de origem alérgica ou por poluentes, a mucosa da região nasal aumenta de volume e obstrui a comunicação destas cavidades com as fossas nasais. Esta obstrução acarreta o início da colonização por germes e fungos que estão presentes na região, mas não encontravam condições favoráveis ao seu crescimento.

 

O que se sente?

A doença pode gerar sensação de "peso na face", corrimento nasal, dores de cabeça, sensação de mau cheiro oriunda do nariz ou da boca e obstrução nasal com eventuais espirros.

 

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através da história que o paciente relata, exame físico da região e de exames radiológicos eventualmente necessários.

 

Como se trata?

O tratamento é feito com analgésicos, medicamentos para melhorar a permeabilidade nasal e antibióticos específicos aos germes que forem encontrados na região. Trata-se com medicamentos antifúngicos as infecções fúngicas sinusais.

Como se previne?

O cuidado com a saúde para se evitar as infecções virais e a manutenção da permeabilidade nasal durante essas viroses; o correto tratamento dos problemas alérgicos; a correção cirúrgica de eventuais desvios septais obstrutivos e/ou cornetos nasais obstrutivos podem prevenir as sinusites.

Quem vive em regiões frias ou com grandes variações climáticas ao longo dos dias ou meses, deve tomar cuidados mais intensos pela propensão maior da doença.

 

Perguntas que você pode fazer ao seu médico:

A minha sinusite tem cura?

Se ela retorna freqüentemente não seria necessário combater os fatores predisponentes?

Quais as repercussões a médio e longo prazo de uma sinusite mal tratada?

 

 

 


SÍFILIS

 

O que é?

É uma doença infecciosa crônica causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, adquirida, na maior parte das vezes, por contato sexual com outra pessoa contaminada. Se não tratada, progride tornando-se crônica e com manifestações sistêmicas, isto é,  comprometendo várias partes do corpo. Sua progressão, de acordo com o grau de comprometimento do corpo, ao longo do tempo, foi dividida em estágios (primária, secundária e terciária). As duas primeiras fases são as de características mais marcantes de infecção, quando se observam mais sintomas e é mais transmissível, após o que se observa um longo período de latência, quando a pessoa não sente nada, apresentando uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em indivíduos não tratados. Passada esta fase inicial, a capacidade de transmissão diminue. Após alguns anos, podem surgir manifestações da doença no coração, cérebro e, virtualmente, em qualquer órgão do corpo.

 

Como se adquire?

Pode-se adquirir sífilis por contato sexual, via placentária (sífilis congênita, o feto adquire na vida intra-uterina), por beijo, ou outro contato íntimo com uma lesão ativa (que contenha a bactéria Treponema), por transfusão de sangue ou derivado, ou, ainda, por inoculação acidental direta, por exemplo, em profissionais da área da saúde (raro). A grande maioria dos casos de transmissão ocorre por relações sexuais desprotegidas (sem preservativos).

 

O que se sente?

As primeiras manifestações ocorrem após um período de incubação (da contaminação até apresentar o primeiro sintoma) de duração média de 21 dias, podendo variar de 3 até 90 dias.

A doença apresenta, como foi dito anteriormente, três fases distintas, com manifestações características em cada uma e um período de latência (sem sintomas) entre a segunda e a terceira fase.

Na fase primária, ocorre a lesão clássica nos genitais, porta de entrada do Treponema,  chamada de cancro. É uma ferida com bordas endurecidas e profundas com o fundo macio e pouco dolorida. Esta lesão pode não estar presente ou oculta no caso das mulheres. Pode, ainda, ocorrer de maneira múltipla, mais freqüente naqueles indivíduos com a imunidade comprometida, como nos portadores de AIDS. Tais lesões são muito variáveis e freqüentemente atípicas, por esta razão, toda lesão nos genitais deve sofrer avaliação médica. Pode ocorrer o que os médicos chamam de linfoadenomegalias (ínguas) na região inguinal, concomitante, com a lesão primária. O cancro leva em média 3 a 6 semanas para se curar, podendo não deixar marca alguma.

A fase secundária ocorre após 4 a 8 semanas do surgimento do cancro, podendo inclusive esta lesão, ainda, estar presente. Nesta fase, ocorre a maior quantidade de Treponemascirculantes. O indivíduo contaminado apresenta sintomas genéricos como mal-estar, febre, dor-de-cabeça, dor-de-garganta, perda de apetite e peso e, em muitos casos, ínguas (linfoadenomegalias) pelo corpo todo. Em 80% dos casos, ocorrem lesões na pele do corpo todo, “poupando” o rosto, embora possam ocorrer nos lábios e comprometer a planta dos pés e palma das mãos (característico desta fase). São manchas pequenas com 3-10mm de diâmetro, róseas ou violáceas e planas, que não coçam ou doem.

Como o que ocorre nesta segunda fase é uma disseminação da bactéria pelo corpo todo, as manifestações podem variar de acordo com o grau de comprometimento de um ou outro órgão. Podem estar comprometidos cérebro, rins, fígado, tubo digestivo, olhos, ossos, tendões, cartilagens e articulações. Apesar de nesta fase os sintomas serem confundíveis com um grande número de doenças, felizmente, o principal teste diagnóstico é positivo em 99% dos casos. Desta fase, o indivíduo pode ir para sífilis latente, onde não há evolução para a fase terciária e fica livre de sintomas, embora possa recair tendo sintomas da fase secundária e seja potencialmente contaminante, sobretudo mulheres no caso de transmissão intra-útero para o feto. O indivíduo pode permanecer por tempo indeterminado nesta fase, podendo durar a vida toda.

A fase  terciária é a fase de inflamação progressiva e lenta (crônica) com sintomas relacionados aos órgãos predominantemente comprometidos, é destrutiva e incapacitante. Assim, no caso do cérebro, teremos a neurosífilis, com sintomas de meningite e paralisia de nervos ou o comprometimento de vasos cerebrais causando obstruções de artérias, com sintomas de trombose ou derrames cerebrais. Quando compromete a medula, leva à perda de reflexos e sensibilidade dos membros com progressiva deterioração do controle dos esfíncteres e da capacidade de andar. O espectro de sintomas neurológicos é muito grande, podendo ocorrer quadros mais relacionados à sensibilidade: dores abdominais e/ou em membros até cegueira. Outra apresentação dominante é a cardiovascular, onde ocorre comprometimento de válvulas cardíacas (insuficiência e estenose) e dos grandes vasos principalmente do maior deles: a Aorta, levando à dilatação da mesma (aneurisma). Os sintomas são falta-de-ar e fadiga aos esforços cada vez menores. As conseqüências da fase terciária da sífilis ainda constituem em graves problemas médicos na atualidade, embora o surgimento de casos novos venha apresentando constante diminuição nas sociedades  ocidentais desenvolvidas.

 

Como se faz o diagnóstico?

Como se viu anteriormente, esta doença pode se assemelhar com muitas outras, por esta razão o diagnóstico deve primeiro passar pela suspeita clínica. Na maioria das vezes, esta suspeita é levantada pelo médico através da avaliação da exposição às formas de contaminação, principalmente, sexo desprotegido e dos sintomas lesões genitais e manifestações na pele. O diagnóstico de outras doenças sexualmente transmissíveis, como AIDS e gonorréia praticamente obriga a se fazer testes para sífilis.

Após a suspeita clínica, o médico dispõe de duas vias para a confirmação do diagnóstico. Ou detecta a bactéria na lesão (menos freqüente), ou, mais freqüentemente, testa a presença de anticorpos anti-Treponema no sangue.

 

Como se trata?

O antibiótico mais indicado para a infecção por Treponema pallidumé justamente o mais antigo e de preço mais acessível dentre todos: a penicilina. Esta é uma das principais razões para a observação do decréscimo de novos casos de complicações mais tardias da doença (fase terciária) nos países desenvolvidos. Além, é claro, de eficiente controle de saúde pública.

Tratar sífilis parece ser muito fácil pelo custo e acesso ao tratamento. O maior problema continua sendo o diagnóstico, visto que pode ser confundida com muitas outras doenças.

 

Como se previne?

Não há perspectiva de desenvolvimento de vacina para breve, por isso, a prevenção recai sobre a educação em saúde para suspeita e diagnóstico precoce e tratamento, além da promoção da prática de sexo seguro com o uso de preservativos.

 

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Quem dos meus contatos deverá fazer exames ou tratar-se no caso de eu estar doente?

 

 

 


SOLUÇOS

O que é?

O soluço resulta de um estímulo involuntário de músculos relacionados com a respiração, principalmente o diafragma (calota muscular que divide o tórax do abdômen), levando a uma inspiração rápida e curta, não sincronizada com o ciclo respiratório.

O que se sente?

Na grande maioria das vezes o soluço causa não mais do que um desconforto com duração de poucos minutos. No entanto, certas vezes, os soluços podem permanecer por várias horas ou dias, levando a busca de atendimento médico.

Quais são as causas?

Apesar de não haver um mecanismo conhecido para o início de um episódio de soluço, certas situações são descritas como causas corriqueiras de soluço.

 

Alguns exemplos são:

- distensão gástrica pela ingestão de bebidas com gás (refrigerantes),

- deglutição de ar ou alimentação em grande volume,

- mudanças súbitas de temperatura de alimentos ingeridos ou mesmo da pele (sauna-duche gelado),

- ingestão de álcool, e

- gargalhadas.

 

Situações de soluços persistentes ou recorrentes já foram relacionadas a mais de uma centena de causas.

 

Causas neurológicas:

Traumatismo (acidentes de carro), acidente vascular cerebral ("derrame"), tumor cerebral.

Causas metabólicas:

Insuficiência renal com altos níveis de uréia sangüínea, respiração rápida levando a diminuição de dióxido de carbono no sangue, excesso ou falta de íons (K, Na, por exemplo).

Estímulo direto ao nervo vago:

Objetos acidentalmente introduzidos no ouvido, aumento da tireóide, tumores no trajeto do nervo vago na cabeça, pescoço, tórax ou abdômen, pneumonias, infarto, esofagite, hepatites e pancreatites.

Causas cirúrgicas:

Anestesia geral e estado pós-anestésico.

Muitas vezes a causa do soluço não pode ser descoberta.

 

Como se trata?

Algumas manobras podem ser úteis na resolução de quadros agudos e benignos de soluço. Entre elas estão a tração da língua, elevação da úvula ("sininho" da garganta) com uma colher, ingesta de uma colher de açúcar, trancar a respiração, assoar o nariz, dobrar as pernas sobre o abdômen, inspiração rápida (como ocorre quando levamos um susto) e alívio da distensão abdominal por eructação (arroto) ou sonda nasogástrica.

Quando o soluço chega a motivar procura de assistência médica, geralmente já está presente há pelo menos várias horas ou dias. Nesse caso, as causas acima mencionadas de soluço persistente devem ser investigadas.

A ordem da investigação será orientada pela presença ou não de sintomas concomitantes ao soluço que possam indicar uma causa.

A avaliação inclui um exame neurológico detalhado, seguido de exames básicos de sangue e radiografia de tórax. Não sendo encontrada a causa e permanecendo com o sintoma, a avaliação prossegue com tomografias de crânio, tórax e abdômen, ecocardiografia, broncoscopia e endoscopia digestiva.

Se uma causa é descoberta, o tratamento deve ser direcionado à causa.  Se não é descoberta ou se o tratamento não é possível, certas medicações, geralmente de natureza sedativa podem ser usadas. Pela sua natureza, essas medicações sempre exigem avaliação específica do caso em questão e prescrição médica.

 

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Soluçar muito causa problema?

Existe alguma doença que possa estar relacionada aos soluços?

Preciso fazer algum exame ou posso ficar tranqüilo?

Existe algum remédio para fazer passar os soluços quando eles duram muito?

 

Elaborado por:

Rafael Santos


 

 

 

 

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

 

O que é?

 

A trombose venosa profunda (TVP) é o desenvolvimento de um trombo (coágulo de sangue) dentro de um vaso sanguíneo venoso com consequente reacção inflamatória do vaso, podendo, esse trombo, determinar obstrução venosa total ou parcial.

A TVP é relativamente comum (50 casos/100.000 habitantes) e é responsável por sequelas de insuficiência venosa crónica: dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de estase (feridas). Além disso, a TVP é também responsável por outra doença mais grave: a embolia pulmonar.

Como se desenvolve?

 

O desenvolvimento da TVP é complexo, podendo estar relacionado a um ou mais dos três fatores abaixo: 
 

 

Estase venosa:

 

situações em que há diminuição da velocidade da circulação do sangue. Por exemplo: pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, posição sentada por muito tempo (viagens longas em espaços reduzidos - avião, ônibus).

 

Lesão do vaso:

 

o vaso sangüíneo normal possui paredes internas lisas por onde o sangue passa sem coagular (como uma mangueira por onde flui a água). Lesões, rupturas na parede interna do vaso propiciam a formação de trombos, como, por exemplo, em traumas, infecções, medicações endovenosas.

 

Hipercoagulabilidade:

 

situações em que o sangue fica mais suscetível à formação de coágulos espontâneos, como por exemplo, tumores, gravidez, uso de anticoncepcionais, diabete, doenças do sangue.

Embora possa acometer vasos de qualquer segmento do organismo, a TVP acomete principalmente as extremidades inferiores (coxas e pernas).

Algumas pessoas estão sob maior risco de desenvolver TVP quais sejam: história de TVP anterior ou embolia pulmonar, varizes, paralisia, anestesias gerais prolongadas, cirurgias ortopédicas, fraturas, obesidade, quimioterapia, imobilização prolongada (síndrome da classe econômica), uso de anticoncepcionais, gravidez, queimaduras, entre outros.

 

O que se sente?

Os sintomas da TVP variam muito, desde clinicamente assintomático (cerca de 50% dos casos de TVP passam desapercebidos) até sinais e sintomas clássicos como aumento da temperatura local, edema (inchaço), dor, empastamento (rigidez da musculatura da panturrilha).

 

Como se trata?

No tratamento da TVP visa-se prevenir a ocorrência de embolia pulmonar fatal, evitar a recorrência, minimizar o risco de complicações e seqüelas crônicas. Utilizam-se medicações anticoagulantes (que diminuem a chance do sangue coagular) em doses altas e injetáveis.

 

Como se previne?

O fato de a TVP ocorrer em pacientes hospitalizados que ficam muito tempo acamados ou em cirurgias grandes faz com que a prevenção seja necessária. Portanto, nestes casos, utilizam-se medicações anticoagulantes em baixas doses para prevenir a TVP.

Já para pessoas em geral o simples fato de caminhar já é uma forma de prevenção. Ficar muito tempo parado, sentado propicia o aparecimento de TVP. Portanto, sempre que possível, não ficar muito tempo com as pernas na mesma posição. Para os que já tem insuficiência venosa e, por conseguinte, maior risco de trombose, o uso de meias elásticas é recomendado. 

 

 

 


TUBERCULOSE PULMONAR


O que é?

É uma infecção causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch.

A doença costuma afetar os pulmões mas pode, também, ocorrer em outros órgãos do corpo, mesmo sem causar dano pulmonar.

Como se adquire?

Geralmente, pega-se a doença pelo ar contaminado eliminado pelo indivíduo com a tuberculose nos pulmões. A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente. Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta micobactéria que se implantará num local do pulmão. Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contato do germe com o organismo (primoinfecção). Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários locais do corpo.

Se o sistema de defesa do organismo estiver com uma boa vigilância, na maioria dos casos, a bactéria não causará doença, ficará sem atividade (período latente). Se, em algum momento da vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período latente poderá entrar em atividade e vir a causar doença. Mas, também há a possibilidade da pessoa adquirir a doença no primeiro contato com o germe.

Então, após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, quatro situações podem ocorrer:

1.O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo;

2.A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença;

3.A tuberculose se desenvolve, causando a doença – chamada de tuberculose primária;

4.A ativação da doença vários anos depois – chamada de tuberculose pós-primária (por reativação endógena).

Existe também a tuberculose pós-primária a partir de um novo contágio que ocorre, usualmente, por um germe mais virulento (agressivo).

A contagiosidade da doença depende: 
 

 

da extensão da doença – por exemplo, pessoas com “cavernas” no pulmão ou nos pulmões, tem maior chance de contaminar outras pessoas. As “cavernas” são lesões como cavidades causadas pelo bacilo da tuberculose no doente. Dentro destas lesões existem muitos bacilos;

 

da liberação de secreções respiratórias no ambiente através do ato de tossir, falar, cantar ou espirrar;

 

das condições do ambiente – locais com pouca luz e mal ventilados favorecem o contágio;

 

do tempo de exposição do indivíduo sadio com o doente.

Devemos lembrar que a intensidade do contato é importante. A pessoa de baixa renda que vive no mesmo quarto de uma casa pequena e mal ventilada com uma pessoa com tuberculose pulmonar, está mais propensa a adquirir a doença do que outra que tem contato eventual ou ao ar livre com um doente.

Por outro lado, os bacilos que são depositados pelo doente em toalhas, roupas, copos, pratos e outros não representam um risco para transmissão da doença.

Que fatores facilitam o surgimento da doença? 
 

 

Morar em região de grande prevalência da doença;

 

Ser profissional da área da saúde;

 

Confinamento em asilos, presídios, manicômios ou quartéis;

 

Ser negro – a raça negra parece ser mais suscetível à infecção pelo bacilo da tuberculose;

 

Predisposição genética;

 

Idade avançada;

 

Desnutrição;

 

Alcoolismo;

 

Uso de drogas ilícitas;

 

Uso crônico de medicações como os que transplantados de órgãos usam, como corticóides ou outras que também diminuam a defesa do organismo;

 

Doenças como SIDA, diabete, insuficiência crônica dos rins, silicose (doença crônica pulmonar) ou tumores.

Tuberculose e AIDS

Desde o seu surgimento no início da década de 80, o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Humana (HIV) tornou-se um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da tuberculose nas pessoas infectadas (“portadoras”) pelo Mycobacterium tuberculosis. A chance do indivíduo infectado pelo HIV adoecer de tuberculose é de aproximadamente 10% ao ano, enquanto que no indivíduo imunocompetente é de 10% ao longo de toda a sua vida.

No Brasil, conforme a faixa etária, a co-infecção tuberculose-HIV pode chegar até em torno de 25%.

Quais são os sinais e sintomas? 
 

 

tosse persistente que pode estar associada à produção de escarro

 

pode ter sangue no escarro ou tosse com sangue puro

 

febre

 

suor excessivo à noite

 

perda de peso

 

perda do apetite

 

fraqueza


Como se trata?

O tratamento da tuberculose é padronizado no Brasil. As medicações são distribuídas pelo sistema de saúde, através de seus postos municipais de atendimento. O tratamento inicial (preferencial), chama-se RHZ e inclui três medicações: rifampicina(R), isoniazida(H) e pirazinamida(Z). É muito eficaz. A cura usando o esquema RHZ por 6 meses, que é preconizado pelo sistema público de saúde, aproxima-se de 100% quando a medicação é utilizada de forma regular, ou seja, todos os dias.

Antes da existência de medicamentos efetivos para o combate da doença, 50% dos indivíduos morriam sem tratamento, 25% tinham cura espontânea e 25% tornavam-se doentes crônicos.

Conforme o Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, o tratamento é ambulatorial na maioria dos casos – feito com o paciente em casa, devendo ter a supervisão de um agente comunitário 3 vezes por semana nos primeiros dois meses de tratamento e depois uma vez por semana até o final do tratamento. Por outro lado, há situações onde a internação se faz necessária:

 

estado geral muito ruim, que não permita o tratamento ambulatorial;

 

meningoencefalite;

 

complicações graves da doença ou necessidade de cirurgia;

 

intolerância às medicações que não conseguiram ser contornadas ambulatorialmente;

 

paciente sem residência fixa ou com situações que aumentem a chance de abandono.

Esta internação deverá durar somente até a solução do problema que a motivou. Geralmente, o tratamento dura seis meses, mas, em casos especiais, pode ser mais longo. Nos primeiros dois meses, são utilizadas as três medicações juntas. Já nos últimos quatro meses, são utilizadas a rifampicina associada a isoniazida. O motivo da utilização de mais de uma medicação contra o mesmo germe é que a taxa de resistência do microorganismo a este esquema tríplice é baixa. Os medicamentos agem em lugares diferentes, de maneira sinérgica. No caso de gestação, o tratamento não deve ser alterado. Deve ser realizado o esquema RHZ com duração de seis meses.

Dentre os efeitos indesejáveis mais frequentes causados pelas medicações contra tuberculose estão a náusea, vômitos e dor abdominal. As pessoas com maior chance de desenvolver alguma toxicidade com o tratamento são os alcoólatras, os desnutridos, os HIV positivos, aqueles com doença crônica do fígado, pessoas com mais de 60 anos ou em uso de medicações anticonvulsivantes.

Qualquer efeito colateral causado pela medicação deverá ser comunicado para o agente comunitário, médico ou membro da equipe que acompanha o paciente. Além do esquema de tratamento RHZ, existem outros esquemas (com outras combinações de medicações) que podem ser utilizados em situações especiais ou nos casos de falência com o tratamento de primeira linha (preferencial).

Nos pacientes com insuficiência dos rins, a dose de alguns medicamentos terá de ser ajustada. Para os diabéticos dependentes da insulina, o acompanhamento rigoroso dos níveis da glicose no sangue será importante para um bom desfecho e o tratamento deverá durar 9 meses. Ajustes também poderão ser necessários naqueles com doença crônica do fígado.

Como se previne?

Para uma boa prevenção, o mais importante é detectar e tratar todos os pacientes bacilíferos, ou seja, ttodos aqueles com o bacilo de Koch nos pulmões.

Para isso, é muito importante um bom sistema público de controle da doença, para identificar precocemente os doentes, evitando que novos casos apareçam.

O doente durante as duas primeiras semanas de tratamento pode contagiar ainda outros indivíduos. Portanto, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias. Estes são cuidados simples para que a doença não contamine outros indivíduos.

Outra conduta importante é o controle dos comunicantes. Comunicantes são aquelas pessoas que têm contato íntimo com o doente (vivem na mesma casa, por exemplo). Estes devem ser investigados pelo médico assistente através de exames solicitados na consulta médica.

Se for indicado, os comunicantes devem iniciar a quimioprofilaxia, um tratamento feito com isoniazida com o intuito de prevenir a doença nos comunicantes. Ela é realizada durante seis meses. Em alguns casos especiais, podem durar mais tempo.

Além disso, a vacinação com BCG no recém-nascido, protege as crianças e os adultos jovens contra as formas graves de tuberculose primária como a miliar (disseminada nos pulmões e outros órgãos) e a meningite tuberculosa. A eficácia da vacina está entre 75 e 85%.

 

 

 


TUMOR CARCINÓIDE PULMONAR

O que é?

Este tumor representa 1 a 4% dos tumores bronco-pulmonares e ocorre, indistintamente, em ambos os sexos. Eles podem ser classificados em: 

 

Típicos

Representam 69-87% dos casos. Costumam ser menos agressivos, mas podem invadir estruturas vizinhas. Não tem relação com o tabagismo. Geralmente, ocorrem na região central do pulmão.

 

Atípicos

Ocorrem em 13-31% dos casos. Evoluem com invasão de vasos sangüíneos e gânglios linfáticos (“ínguas” dentro do tórax). Podem apresentar metástases – que são tumores que surgem à distância do tumor inicial. Sessenta por cento ocorrem em fumantes. Na maioria das vezes, acomete a região periférica do pulmão.

 

O tumor carcinóide se localiza, na maioria das vezes, no intestino. Todavia, podem surgir em outros órgãos, como estômago, pulmões, mamas, ovários e outros. São tumores que podem afetar diferentes faixas etárias, mas quando há presença de uma lesão tumoral no pulmão de um adulto jovem, o carcinóide deve ser lembrado como causa provável.

 

O que se sente?

Aproximadamente a metade das pessoas com tumor carcinóide não sentem nada no momento do seu diagnóstico. A manifestação mais comum da doença é a hemoptise – sangramento ao tossir ou sangue no escarro. Também pode ocorrer falta de ar ou apresentar-se como pneumonias que se repetem – isto porque o tumor pode obstruir um brônquio e facilitar o surgimento de uma pneumonia.

É importante lembrar que um brônquio é um tubo que espalha o ar dentro dos pulmões. Existem vários brônquios dentro de cada pulmão, os quais vão se ramificando como galhos de árvore.

Uma variedade de síndromes paraneoplásicas – conjunto de alterações que podem acompanhar um tumor – podem ocorrer com o tumor carcinóide. Em torno de 3% dos pacientes com tumor carcinóide brônquico, apresentam a síndrome carcinóide, a qual se caracteriza por: 
 

 

diarréia

 

rubor – acontece como episódios súbitos de vermelhidão na pele da face, pescoço e parte superior do tórax

 

náuseas

 

vômitos

 

ansiedade

 

chiado no peito

 

doença no coração

Nem sempre todas as alterações supracitadas estão presentes num mesmo paciente. Pressão baixa e desmaio podem ocorrer durante os paroxismos (crises) da síndrome.


Como se trata?

O tratamento é a cirurgia. Pode ser retirada parte do pulmão que engloba a lesão ou o pulmão inteiro, decisão que dependerá da extensão da doença ou de sua localização. Raramente é necessário retirar todo pulmão.

Radioterapia após a cirurgia pode ser necessária nos casos de carcinóide atípico ou naqueles onde há metástase nos gânglios do tórax. Ela utiliza os raios gama para combater o tumor. Esses raios são direcionados contra a área afetada.

A quimioterapia – modalidade de tratamento que utiliza medicações que combatem câncer – pode ser usada em casos de carcinóide atípico depois de fazer a cirurgia.

 

Como se previne?

Ainda não existem maneiras de prevenir esta doença. 

 

 

 

 


TUMOR DE BEXIGA

O que é?

O tumor de bexiga é uma neoplasia que, em 90% dos casos, surge a partir da mucosa, ou seja, do urotélio vesical. Também chamado de carcinoma transicional de bexiga, constitui 6,2% de todos os tumores os tumores malignos.

Depois da próstata, é a segunda neoplasia urogenital a acometer o homem. Na mulher, é o oitavo câncer mais prevalente (EUA), correspondendo a 2,5% dos cânceres. Em ambos os sexos, a incidencia vem aumentando.

Como se desenvolve?

Várias substâncias estão vinculadas ao tumor vesical, dentre elas as mais importantes são o fumo e as aminas aromáticas (encontradas na indústria de tintas, couro, borracha). Vários estudos epidemiológicos suportam a relação entre essas substâncias e o câncer de bexiga. Outras substâncias não conseguiram exibir uma relação mais estreita, mas continuam sob suspeita: cafeína, adoçantes artificiais e os metabólitos do triptofano.

O que se sente?

O tumor pode ser completamente assintomático. A manifestação mais importante é a presença de hematúria (sangue na urina) assintomática (85% dos casos). Noutras situações o tumor pode se apresentar na forma de sintomas urinários como: ardência miccional, aumento na freqüência urinária, dor vesical (25% dos casos).


Como se trata?

Após a cistoscopia diagnóstica, está indicada a ressecção endoscópica do tumor cuja finalidade é a retirada total do tumor. A retirada deve compreender o tumor e toda a sua base (raiz) de maneira que se tenha as suas características celulares bem como sua profundidade em relação às paredes da bexiga. A bexiga possui várias camadas: mucosa, submucosa (tecido conjuntivo subepitelial), camada muscular superficial e profunda e tecido adiposo perivesical (em redor da bexiga). Conforme a penetração nessas camadas, os tumores vesicais são classificados em vários tipo. De uma maneira simplificada, eles podem ser: 
 

 

superficiais

 

profundos

 

metastáticos

Outro dado importante são as características celulares do tumor classificadas em graus de I a III.

A pesquisa da extensão tumoral (estadiamento) envolve vários exames e compreendem: 
 

 

biópsias aleatórias de bexiga

 

biópsia da uretra prostática

 

palpação bimanual da bexiga

 

tomografia computadorizada abdominal total

O tratamento dos tumores vesicais é um dos mais complexos, pois as variáveis são muitas. De uma forma resumida, os tumores superficiais e de baixo grau são tratados com ressecção endoscópica e acompanhados com cistoscopias periódicas. Em algumas situações, esse tratamento pode ser complementado com instilações vesicais (tiotepa, mitomicina, doxorrubicina, BCG).

Tumores profundos ou de alto grau são levados à cistectomia radical com derivação urinária. Neste tipo de tratamento, a bexiga é retirada e a urina desviada para a pele através do intestino. Outra opção é retirar a bexiga e reconstruir outra a partir de alças intestinais, permanecendo o paciente com micção pela uretra. Para os pacientes que não têm condições cirúrgicas ou que se negam a realizar a cirurgia, a radioterapia é uma alternativa. Em presença de metástases, o tratamento é a quimioterapia.

Prognóstico

Depende do grau histológico e do estadiamento do tumor. 
 

PARÂMETRO

SOBREVIDA

 

05 ANOS

10 ANOS

GRAU

I

81%

60%

II

66%

46%

III

24%

17%

ESTADIO

SUPERFICIAIS

O

79%

62%

A

64%

43%

PROFUNDOS

B

28%

22%

C

20%

13%

METASTÁTICO

D

18%

0%

(Dellatt e cols,1982)


TUMORES DE TESTÍCULO

O que são?

Os tumores de testículos são tumores raros e ocorrem em 2-3 indivíduos para cada 100 mil homens. Sua maior incidência se encontra nos adultos jovens dos 15 aos 35 anos, que é a fase da maior atividade sexual e inícion da profissional.

Como se desenvolve?

Fatores genéticos estão relacionados no desenvolvimento dos tumores de testículo, visto que podem ocorrer casos familiares (entre irmãos, por exemplo).

Traumatismos são freqüentemente citados como possíveis geradores de tumores de testículo. O que se acredita é que o trauma chama a atenção para o testículo tumoral.

O uso de estrógenos pela mãe durante a gravidez pode ocasionar nos filhos uma maior incidência de tumores de testículo, atrofia testicular (testículos pequenos) ou criptorquidia (testículos fora de sua posição habitual).

Diga-se de passagem que pacientes com criptorquidia tem um risco 50 vezes maior de desenvolverem tumor de testículo do que pacientes normais.



Tratamento

O conhecimento do componente celular do tumor e a presença ou não de metástases é que orientarão o tratamentofuturo.

Existem várias formas de tratamento: 
 

 

Orquiectomia radical(OR)

 

OR+linfadenectomia retroperitoneal (retirada de gânglios do retroperitôneo)

 

OR+quimioterapia

 

OR+linfadenectomia+quimioterapia

 

OR+radioterapia (a radioterapia está indicada nos seminomas)

A escolha do tratamento ideal dependerá da extensão da doença ( estadiamento) e tipo histológico. Existem ainda as preferências de cada urologista que também devem ser consideradas.

Qual é o prognóstico?

O prognóstico varia com o tipo celular e com a extensão do tumor.

Nos últimos 25 anos, devido aos marcadores tumorais, aos métodos diagnósticos e à quimioterapia, houve uma melhora significativa na sobrevida dos pacientes, mesmo nos estágios mais avançados da doença. 
 

Tipo histológico

Freqüência

Sobrevida em 10 anos

Seminoma

45-50%

92%

Teratocarcinoma

20-25%

74%

Teratoma

8-10%

72%

Carcinoma embrionário

15-20%

64%

Coriocarcinoma

0-1%

44%

Após o término do tratamento, o paciente deverá fazer exames periódicos por vários anos a fim de detectar recidivas.

 


 

TUMORES CEREBRAIS

O que é?

São todas as lesões ou massas expansivas dentro do crânio que surgem devido a multiplicação desordenada de células normais ou anormais. Os tumores podem ser originários das células do próprio cérebro e estes são chamados de tumores de células gliais. Alguns outros são originários das membranas que recobrem o cérebro e são os tumores das meninges ou meningeomas. Pelo fato de termos nervos que saem do cérebro, podemos ter tumores das bainhas dos nervos que são chamados neuromas ou neurinomas. Por fim, temos os tumores que são originários de outros órgãos ou tecidos que podem se disseminar pelo sangue, que são os chamados tumores metastáticos.

A medula também faz parte do sistema nervoso central e, portanto, pode apresentar o mesmo tipo de tumores descritos para o cérebro.

Como se desenvolve?

Não há uma causa única, mas diversas causas para o surgimento de tumores cerebrais.

Foram identificados alguns genes que podem levar ao surgimento de tumores pelo corpo como no cérebro que são chamadas facomatoses. Outra causa de tumores são as radiações que são usadas para tratar tumores, mas que podem levar ao surgimento de outros.

Algumas substâncias químicas também foram apontadas como prováveis indutoras de tumores cerebrais, mas até o momento não existe uma comprovação exata.

A última hipótese é que alguns dos tumores cerebrais sejam induzidos por vírus, pois em alguns pacientes com gliomas houve positividade na sorologia do herpes vírus nestes pacientes.

O que se sente?

Os sintomas são bastante variáveis, porém de um modo geral são: cefaléia (preferencialmente pela manhã), vômitos em jato, perda de coordenação motora, tontura, perda de visão, perda de audição, dor no rosto, perda de força em um lado do corpo, perda de sensibilidade nos braços.

Somente a correlação destes sintomas e da história clínica do paciente pode levar a suspeita de tumor cerebral, pois muitos destes sintomas são inespecíficos.


Como se trata?

O tratamento dos tumores cerebrais é muito variado, pois existem vários tipos de tumores em lugares também distintos.

Como regra geral os tumores cerebrais são de indicação cirúrgica. Caso sejam benignos, únicos, com a remoção completa poderá haver cura.

Nos casos de tumores múltiplos (metástases), malignos e com ressecção incompleta, o tratamento pode ser cirurgia para diagnóstico com complementação de radioterapia e quimioterapia, quando necessário. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Trabalho Elaborado por: Raquel Monteiro